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Microsoft não será atropelada por tablets, diz executivo

Na última quinta-feira, Microsoft divulgou resultados que ficaram abaixo das expectativas mais otimistas do mercado

Jean-Philippe Courtois, presidente da Microsoft International: aparelhos vêm e vão (DIVULGAÇÃO)

Jean-Philippe Courtois, presidente da Microsoft International: aparelhos vêm e vão (DIVULGAÇÃO)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2011 às 09h43.

Davos - A preocupação quanto à possibilidade de que a demanda acelerada por computadores tablets e celulares inteligentes como o iPad e iPhone, da Apple, deixe a Microsoft na poeira é exagerada, disse o presidente internacional da Microsoft à Reuters.

"Aparelhos vêm e vão", disse Jean-Philippe Courtois, presidente da Microsoft International, à Reuters durante o Fórum Econômico Mundial, acrescentando que a empresa está fazendo progressos no desenvolvimento de produtos para o mercado de computadores tablets.

Em janeiro, a Microsoft anunciou que vai lançar versão do Windows compatível com os chips projetados pela ARM Holdings para estabelecer uma presença mais forte no mercado de celulares inteligentes e tablets.

A Microsoft divulgou na quinta-feira resultados que ficaram abaixo das expectativas mais otimistas do mercado. Os números não conseguiram fazer com que os investidores deixassem de acreditar que Apple e Google dominarão a próxima fase da computação.

Apesar de ainda não terem gerado muito impacto sobre grandes empresas de tecnologia como a Intel, os segmentos de tablets e smartphones têm causado queda nas ações de outras companhias de computação.

Courtois disse que a parte mais crítica do setor de tecnologia da informação é a computação em nuvem, na qual a Microsoft estabeleceu forte presença. Computação em nuvem é a prática de utilizar a Internet para transferir o processamento e a armazenagem de informação dos computadores de mesa para centrais de dados remotas.

"Essa é a mais profunda transformação no cenário da tecnologia de informação nos últimos 10 anos", disse o executivo.

A Microsoft segue cautelosa sobre o futuro, mas vê crescimento vindo de todas as regiões onde opera. "Vemos expansão tanto em países desenvolvidos quanto em emergentes e isso ajuda o cenário de investimento em tecnologia da informação", afirmou.

As ações da Microsoft acumulam queda de 3 por cento nos últimos 12 meses, ficando atrás da alta de 24 por cento do índice Nasdaq. Enquanto isso, as ações da Apple acumulam valorização de 65 por cento no mesmo período.

Alguns analistas concordam com a avaliação da Microsoft sobre o cenário da indústria. Eles afirmam que apesar do mercado de tablets apresentar robustez ele não tem o mesmo volume da indústria de PCs. A Apple vendeu 15 milhões de iPads no ano passado, enquanto isso a Microsoft vendeu 300 milhões de licenças do sistema operacional Windows 7.

Olhando para frente, Courtois lembrou a tecnologia Kinect da Microsoft, que permite controle de jogos por movimento dos usuários. Segundo ele, a Kinect pode se provar uma outra fonte de receita, conforme a Microsoft explora uma série de aplicações para ela.

"Acabamos de fazer uma pesquisa nos países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) que mostra que 80 por cento das pessoas acham válido uma interface natural ao usuário, o que abrirá o mundo da tecnologia a muito mais pessoas no futuro", disse o executivo.

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