Desfile da Michael Kors: "agora temos a habilidade para criar uma estética de luxo usando pele que não seja animal" (Frazer Harrison/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 18 de dezembro de 2017 às 17h29.
Na última sexta-feira, 15, foi anunciado que a marca Michael Kors iria deixar de usar pele de animais em sua produção. A declaração veio como uma surpresa para a indústria, afinal, a pele fazia parte da identidade da grife.
Na coleção da última temporada, de 67 looks apresentados na Semana de Moda de Nova York, 12 tinham pele. O posicionamento também vale para a Jimmy Choo, já que a marca de luxo foi comprada no começo do ano pela holding da Michael Kors.
"Graças aos avanços tecnológicos na fabricação, agora temos a habilidade para criar uma estética de luxo usando pele que não seja animal", disse o designer Michael Kors em uma declaração para imprensa. "Iremos mostrar esta nova técnica em nossa próxima passarela, em fevereiro".A iniciativa veio após um encontro com a ONG PETA, que inclusive já fez diversos protestos na passarela da grife.
A Michael Kors e a Jimmy Choo fazem parte de uma lista crescente de marcas que têm se posicionado contra o uso de peles em suas roupas. Gucci, Hugo Boss, Armani e a YOOX, do e-commerce Net-A-Porter, também anunciaram que não usarão mais o material.
O movimento entra na discussão sobre sustentabilidade que permeia a indústria da moda desde o começo deste ano e mostra que é possível redefinir o que é visto como alto luxo.