Estima-se que no ano passado o crescimento da Nestlé também foi duas vezes maior que o PIB, o que levou o Brasil a ser o segundo maior mercado da companhia na mundo (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 21 de novembro de 2012 às 19h30.
Cidade do México - A agência antitruste do México rejeitou a proposta de aquisição do segmento de nutrição infantil da Pfizer pela Nestlé, alegando que daria à empresa uma participação muito grande no mercado mexicano e abriria espaço para a alta de preços.
A Comissão Federal de Concorrência anunciou na terça-feira (20) que a autorização foi negada por 4 votos a 1. A Nestlé tem 30 dias úteis para apelar.
A Nestlé superou rivais como a Danone para fechar o acordo de US$ 11,85 bilhões em abril, embora ainda precise da aprovação de órgãos regulatórios antitruste em vários países. No início do mês, a China aprovou o negócio, seguindo os passos da Índia.
Segundo a comissão, a compra daria à Nestlé 71% do mercado doméstico para dois tipos de produto e 88% para outro tipo. Isso permitiria que a companhia suíça aumentasse os preços de suas várias marcas entre 2,9% e 11,5%, dando margem para seus concorrentes fazerem o mesmo, de acordo com a agência.
As duas empresas propuseram condições a serem implementadas com a aquisição, mas o órgão disse que as considerou insuficientes para evitar "riscos reais e consideráveis" à concorrência.
A compra da Pfizer Nutrição é um movimento estratégico para ampliar o posicionamento mundial da Nestlé no segmento de nutrição infantil, "principalmente em mercados emergentes", disse empresa suíça.
A Nestlé tinha uma participação de 22% no mercado mundial de US$ 39 bilhões em 2010, acima da Mead Johnson Nutrition e da Danone, de acordo com dados da empresa de pesquisa Euromonitor International. As informações são da Dow Jones.