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Mexicana Pemex denuncia 100 funcionários ligados a roubo de combustível

Crimes na estatal teriam relação com facções do crime organizado e geraram perdas de US$ 1,642 bilhão

Pemex: 1.300 pessoas detidas por perfurar dutos ou transportar combustíveis estão sendo processadas pela companhia (Omar Torres/AFP)

Pemex: 1.300 pessoas detidas por perfurar dutos ou transportar combustíveis estão sendo processadas pela companhia (Omar Torres/AFP)

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AFP

Publicado em 10 de abril de 2018 às 19h06.

A petroleira estatal Pemex demitiu e denunciou cerca de 100 funcionários ligados ao roubo de combustível em grande escala, um crime que lhe gera perdas de 30 bilhões de pesos (1,642 bilhão de dólares), disse nesta terça-feira (10) seu diretor-geral, Carlos Treviño.

"Se alguém sabe de alguém (...) o investigamos, demitimos e denunciamos tanto à Secretaria de Função Pública como à Procuradoria-Geral da República", disse o executivo em uma conferência.

No roubo de combustível da Pemex, empresa que domina o setor energético no México, estão envolvidos facções do crime organizado que também se dedicam ao tráfico de drogas, a extorsões e sequestros.

Treviño detalhou que durante 2017 as autoridades prenderam 1.600 pessoas em flagrante, seja perfurando dutos - principal modalidade de extravio -, ou transportando o combustível roubado. Ao longo deste ano, a cifra subiu para entre 2.300 e 2.500 detidos.

Por volta de 1.300 já estão sendo processados judicialmente e recuperaram pouco mais de 14 milhões de litros de combustível.

Apesar disso, dados da empresa indicam que o número de conexões clandestinas aumentou em 38%, a 2.274, durante o primeiro bimestre deste ano com relação ao de 2017.

"A estratégia tem funcionado. No entanto, devo reconhecer que não foi o suficiente", acrescentou Treviño.

Algumas medidas de segurança incluem o uso complementar de condutores para transportar combustível, a escolta dos mesmos em zonas de risco e o fechamento de cerca de 100 postos de gasolina que mostram inconsistências entre o que compram da Pemex e o que vendem.

Em outubro do ano passado, 12 pessoas morreram em aparentes ajustes de contas entre grupos dedicados ao roubo de combustível em Puebla (centro), enquanto em agosto, um empresário de posto de gasolina foi detido após várias operações da Marinha do México em luxuosos bairros de Puebla por seus supostos vínculos com redes de roubo e venda de combustível.

Com frequência, as conexões clandestinas de combustível provocam explosões que em algumas ocasiões causam a morte de pessoas.

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