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Mexicana Luuna chega ao Brasil para brigar no mercado de colchão na caixa

Faturando mais de R$ 300 milhões, a Luuna também tem operações nos Estados Unidos. Colchões sairão entre R$ 1.599 até R$ 6.399

 (Luuna/Divulgação)

(Luuna/Divulgação)

Nos últimos anos, até o tradicional mercado de colchões foi sacudido pela chegada de startups. Mais precisamente, novos negócios focados no conceito de bed in box, ou literalmente, "cama na caixa". 

Unindo material de primeira linha com uma tecnologia que envolve compressão e embalagem a vácuo, os colchões são reduzidos a um quinto do tamanho original e facilmente carregados em caixas com 1 metro de altura.

A opção reduz o preço do transporte, facilita a criação de negócios totalmente online e vem ganhando a atenção dos empreendedores. 

A mais nova empresa de colchão na caixa a desembarcar no Brasil é a mexicana Luuna. Assim como uma de suas principais concorrentes, a Zissou, a inspiração da Luuna foi a americana Casper, uma das primeiras a utilizar o conceito de bed in box.

“Na época, eu e um grupo de amigos tínhamos um e-commerce generalista no México e, numa viagem para os Estados Unidos, eles resolveram importar o modelo de negócios. Eles já tinham a experiência com logística e viram no conceito de bed in box algo que funcionaria perfeitamente para o e-commerce”, explica Valter Roldao, diretor da Luuna no Brasil, que juntou-se à empresa em 2020. 

Expansão internacional e lojas próprias

Porém, ciente de que só o modelo de entrega inusitado não poderia ser o diferencial do negócio, Roldao conta que a Luuna se preocupou em inovar também na fabricação dos colchões. A equipe de desenvolvimento de produtos da startup, liderada por uma engenheira aeroespacial, realizou diversos testes de combinação de material para encontrar a fórmula que unisse conforto e respirabilidade nos colchões Luuna

“Descobrimos, por exemplo, que combinar espumas viscoelásticas com outras de alta resistência resultam em mais conforto e firmeza. Fora isso, desenvolvemos sete tipos de tratamentos para os colchões, que impedem a proliferação de ácaros”, diz Roldao. 

Valter Roldao, diretor da Luuna no Brasil: aposta em logística e experiência para se diferenciar (luuna/Divulgação)

Desde então, a Luuna já vendeu mais de 500 mil colchões e fatura mais de R$ 300 milhões por ano. O Brasil é o segundo país na rota de expansão internacional da startup, que desde 2019, também conta com operações nos Estados Unidos. Por aqui, os colchões vão sair entre R$ 1.599 até R$ 6.399. 

“Ir para os EUA foi o caminho natural, por conta da proximidade geográfica. Já em relação ao Brasil, o que nos chamou a atenção foi o tamanho do mercado. São 210 milhões de pessoas que precisam dormir bem”, afirma o executivo. 

Embora seja uma marca nativa digital, a Luuna também aposta no varejo físico para crescer e, ao todo, conta com 40 lojas próprias, além de parceiros que revendem os colchões. E por aqui não vai ser diferente.

Embora esteja operando, atualmente, apenas com o site próprio a ideia é que, em breve, os colchões Luuna também estejam nos principais marketplaces. E, até o final do ano, a primeira loja no Brasil seja inaugurada. 

Mesmo com cada vez mais competidores, que também brigam pelo sono dos brasileiros, a Luuna tem metas ambiciosas. A startup pretende chegar a dezembro com 100 funcionários no Brasil e, ainda em 2023, faturar mais de R$ 100 milhões. 

“Nossos concorrentes são todos os fabricantes de colchões — o colchão na caixa é apenas um meio mais eficiente de entregar o produto na casa do cliente. Apostamos em três coisas para crescer: qualidade do produto, experiência de compra e eficiência logística, algo que temos investido muito nos últimos anos”, finaliza Roldao. 

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