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MeuChope: Mercado Livre do chope capta R$ 8,5 milhões para crescer entre público cervejeiro

Startup capixaba desenvolveu uma carteira digital para consumidores de cervejas e chopes artesanais e está lançando um marketplace para o setor

Jean Moro, fundador da Remembeer; Bruno Medeiros e Augusto Sato, fundadores da MeuChope (MeuChope/Divulgação)

Jean Moro, fundador da Remembeer; Bruno Medeiros e Augusto Sato, fundadores da MeuChope (MeuChope/Divulgação)

Maria Clara Dias
Maria Clara Dias

Repórter de Negócios e PME

Publicado em 10 de março de 2023 às 12h50.

A MeuChope, startup capixaba que oferece carteira digital e plataforma de vendas B2B para o mercado de cervejarias,  anunciou a captação de 8,5  milhões de reais em uma rodada seed concluída nesta sexta-feira, 10. Com o investimento, a empresa fundada há menos de um ano alcança o valuation de 40 milhões de reais.

A rodada contou com a participação de investidores anjo. Entre eles, Michael Nicklas, sócio da Valor Capital Group; Júlio Barbosa, sócio-fundador da BRZ; Carlos Gros, sócio do Grupo Gera e Thiago Rodrigues, atualmente sócio da The Craftory em Londres. Em comum,  todos os investidores são sócios de fundos de venture capital de atuação global.

O que faz a MeuChope

Lançada em janeiro de 2022, a MeuChope é fruto dos esforços empreendedores dos capixabas Augusto Sato e Bruno Medeiros, executivos com décadas de experiência no setor de eventos.

A proposta da empresa é a de escalar pequenos negócios do mercado de cervejas artesanais, como cervejarias, bares, choperias e distribuidoras de bebidas, a partir do uso de tecnologia e uma plataforma de vendas, aos moldes de um marketplace, que será lançado durante o mês de março.

Nele, fabricantes locais poderão vender diretamente aos distribuidores — em essência, os pontos de venda — pelo aplicativo e assim serem capazes de popularizar seus produtos artesanais e brigar por espaço no concentrado mercado de cervejas do Brasil. “Somos como um Mercado Livre, só que somente para o mercado cervejeiro”, disse Sato, em entrevista à EXAME em especial sobre pequenas e médias empresas publicado na edição de fevereiro.

Até o momento, o produto carro-chefe da MeuChope é uma carteira digital, disponível em um aplicativo próprio que pretende impulsionar o mercado cervejeiro do país. Com ela, consumidores podem realizar o pagamento pelas cervejas e chopes em estabelecimentos que aceitam a carteira digital da startup. Atualmente, a carteira conta com mais de 50.000 usuários, e é aceita por cerca de 300 estabelecimentos no Brasil.

“Empreendo há mais de 20 anos e sinto que toda minha jornada foi para chegar até o projeto da MeuChope. Estamos em um mercado gigante, com um time de peso, com investidores experientes e no melhor timing para inovação no mercado cervejeiro. Tenho certeza que esse ano será um grande marco na história das cervejarias brasileiras”, afirma Bruno Medeiros, fundador e co-CEO da MeuChope.

Novas aquisições

A MeuChope também aproveita o bom momento para suas primeiras movimentações inorgânicas. A startup adquiriu a Remembeer, aplicativo voltado à comunidade cervejeira.  

A Remembeer atua no modelo modelo B2B2C, com um aplicativo que auxilia consumidores a encontrarem locais para comprar cervejas artesanais e chopes. “É como se fosse um Guia Michelin do chope para o público”, explica Jean Moro, fundador da Remembeer.

Com a compra, a MeuChope passa a contar com o atributo de comunidade em seu aplicativo e marketplace, com recursos para avaliação de cervejas. A MeuChope também triplicará sua base de usuários, para mais de 15.000 pessoas.

“Estamos muito contentes em anunciar nossa parceria com a Remembeer e poder proporcionar um superapp que entregue experiências e valor tanto para os amantes de cerveja artesanal quanto para aqueles que ainda estão conhecendo os diferenciais da bebida. Esta é uma forma de facilitar a conexão entre o produtor e o vendedor e trazer o empoderamento ao cliente”, diz Augusto Sato, cofundador e co-CEO da MeuChope.

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