Linha de montagem da GM em Gravataí, Rio Grande Sul (WIECK/Divulgacao)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2014 às 11h37.
São Paulo - Trabalhadores da General Motors em Gravataí, no Rio Grande do Sul, pararam o trabalho para protestar durante uma hora na madrugada desta sexta-feira, 13, em frente ao portão principal da fábrica.
A concentração começou às 5h30, na hora da troca de turno, em manifestação de advertência contra demissões.
Os metalúrgicos temem uma onda de cortes decorrentes da queda nas vendas e excesso de estoques. A fábrica da GM em Gravataí emprega 4,4 mil trabalhadores.
A empresa anunciou férias coletivas de um mês para o terceiro turno a partir da próxima segunda-feira, 16.
Os colaboradores dos outros dois turnos de trabalho também terão licença de dez dias. Todos os trabalhadores dos turnos diurnos ficarão afastados entre os dias 7 a 16 e julho.
"Os empregos estão em risco. Queremos dialogar com a montadora e multinacionais aqui do Complexo Automotivo para que elas abram o jogo e sinalizem aos trabalhadores o que está acontecendo", afirmou o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Edson Dorneles.
A preocupação dos sindicalistas é que o trabalhador acabe pagando a conta da redução de vendas, com o próprio emprego.
"Se as vendas não forem retomadas, quem vai pagar a conta é o trabalhador. Essa manifestação inicia esse processo. O sentimento do trabalhador é de insegurança. Em geral paramos por salário, mas hoje é diferente, porque todos querem é a garantia do seu emprego", disse o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Valcir Ascari, o Quebra Molas.