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Metalúrgicos da Volks de Taubaté terão salário congelado até 2022

Metalúrgicos da Volkswagen de Taubaté aceitaram proposta para não ter reajuste salarial acima da inflação de 2017 até 2020

Metalúrgicos: funcionários aceitaram ficar sem reajuste nenhum neste ano (REUTERS/Nacho Doce)

Metalúrgicos: funcionários aceitaram ficar sem reajuste nenhum neste ano (REUTERS/Nacho Doce)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de dezembro de 2016 às 09h16.

São Paulo - Em acordo coletivo aprovado nesta terça-feira, 13, os metalúrgicos da fábrica da Volkswagen de Taubaté, no interior de São Paulo, aceitaram não ter reajuste na campanha salarial deste ano e abriram mão de aumentos acima da inflação a partir do ano que vem até 2022, tendo como contrapartida o compromisso da empresa de não demitir ninguém até lá.

A fábrica conta hoje com cerca de 4 mil funcionários e a data-base da categoria é 1º de setembro.

O acordo prevê também a abertura de um Programa de Demissão Voluntária (PDV) e assegura a participação nos lucros e resultados, entre outras vantagens.

"O Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté considera positiva a negociação, já que o País passa por uma grande turbulência econômica e política. O acordo garante a manutenção da Volkswagen e dos trabalhadores em Taubaté", afirma o sindicato em nota.

No Brasil, onde a venda de veículos enfrenta uma queda generalizada desde 2013, a Volkswagen foi a que mais perdeu participação de mercado nos segmentos de automóveis e comerciais leves.

No fim de 2012, a Volkswagen ocupava a segunda posição na preferência dos brasileiros, com 21,1% de participação. No acumulado de 2016 até novembro, a fatia da montadora caiu para 11,5%, em terceiro lugar.

A montadora, que conta com quatro fábricas no Brasil, revelou em novembro que pretende demitir mais 3 mil funcionários em suas operações no País, ao longo de um período de cinco anos a partir de 2016. Mas os desligamentos, ressaltou a empresa à época, já estão previstos nas negociações de acordos coletivos com os sindicatos.

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