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Metalúrgicos da GM de São José dos Campos fecham acordo

A montadora possui 5.350 funcionários na unidade de São José dos Campos e produz ali os modelos Trailblazer e S10


	Fábrica da GM: houve redução de 968 para 930 no número de contratos suspensos
 (Marcos Issa/Bloomberg)

Fábrica da GM: houve redução de 968 para 930 no número de contratos suspensos (Marcos Issa/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2014 às 17h34.

Ribeirão Preto - Os metalúrgicos do complexo industrial da General Motors (GM) de São José dos Campos (SP) aprovaram nesta terça-feira, 26, a proposta de suspensão do contrato de trabalho de 930 funcionários por cinco meses.

Com isso, a montadora deve iniciar o chamado lay-off para o período de 8 de setembro a 7 de fevereiro de 2015.

Segundo o acordo aprovado em assembleias pela manhã e no início da tarde, após o fim do lay-off os funcionários retornarão ao trabalho e terão seis meses de garantia de emprego.

Com as negociações, houve redução de 968 para 930 no número de contratos suspensos e a ampliação de cinco para seis meses na estabilidade posterior ao lay-off.

A montadora possui 5.350 funcionários na unidade de São José dos Campos e produz ali os modelos Trailblazer e S10, além de motores, transmissões e kits de veículos desmontados para exportação.

Durante o período de suspensão do contrato, parte dos salários será paga pelo governo federal, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Os trabalhadores em lay-off também terão direito a receber a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e reajustes salariais aprovados posteriormente à suspensão dos contratos.

Nas assembleias, os trabalhadores da GM decidiram cobrar da montadora o cumprimento do acordo, assinado em janeiro de 2013, pelo qual a companhia se comprometeu a dar prioridade à fábrica de São José dos Campos nos investimentos no Brasil.

No último dia 14, a CEO da GM, Mary Barra, afirmou que a montadora investirá R$ 6,5 bilhões no país, mas o presidente para a América do Sul, Jaime Ardilla, afirmou que São José dos Campos estava excluída dos planos.

Os metalúrgicos realizaram ainda uma assembleia geral em que foi aprovado o início das mobilizações da categoria pela campanha salarial de 2014.

Os trabalhadores reivindicam reajuste de 12,98%, jornada de 36 horas semanais, piso de R$ 2,9 mil e estabilidade no emprego.

A campanha é unificada entre os sindicatos dos metalúrgicos de São José dos Campos, Campinas, Limeira e Santos, que juntos reúnem cerca de 157 mil trabalhadores, com data-base em 1º de setembro.

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