Negócios

Metalúrgicos da GM aprovam acordo

A empresa voltou atrás e decidiu manter 750 vagas


	GM: o acordo estabeleceu ainda piso salarial de R$ 1,8 mil, com teto máximo de R$ 3 mil 
 (REUTERS/Jeff Kowalsky)

GM: o acordo estabeleceu ainda piso salarial de R$ 1,8 mil, com teto máximo de R$ 3 mil  (REUTERS/Jeff Kowalsky)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2013 às 19h23.

São Paulo - Os empregados do primeiro turno de hoje (28), do complexo industrial da General Motors, em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, aprovaram, em assembleia, o acordo fechado no último sábado (26) entre o sindicato da categoria e a empresa, depois de mais de nove horas de negociação. Haverá nova assembleia à tarde, porém será uma avaliação apenas para ratificar a a decisão tomada pela ampla maioria dos cerca de 7,5 mil empregados.

O acordo pôs fim a um impasse que se arrastava há mais de seis meses diante da ameaça de demissões por causa da intenção da montadora de desativar a MVA (Montagem de Veículos Automotores), onde é produzido atualmente o modelo Classic. A empresa voltou atrás e decidiu manter as atividades pelo menos até dezembro deste ano.

Ainda assim, o número de vagas existentes é apenas 750, um pouco menos da metade do quadro considerado excedente (l.598). A partir de amanhã, haverá férias coletivas nessa unidade, com a folga estendida até 14 de fevereiro. Nesse período, segundo a montadora, serão tomadas as providências para a retomada da produção.

O acordo estabeleceu ainda piso salarial de R$ 1,8 mil, com teto máximo de R$ 3 mil e revisão a cada seis meses por um prazo de 78 meses.

Também foi prorrogado o sistema layoff para 779 metalúrgicos que vão continuar com o contrato de trabalho suspenso temporariamente, por mais dois meses, mas recebendo o salário. Parte dos ganhos é paga com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Se ao final desse período houver desligamentos, os demitidos irão receber o valor de uma multa de três salários-base. Fica ainda a opção de adesão ao Programa de Demissão voluntária (PDV), com a chance de receber cinco salários mínimos, além das demais garantias trabalhistas.

Entre este ano e 2017, a GM investirá R$ 500 milhões nas áreas da powertrain (motores e transmissão), estamparia e montagem da pick-up S10. Na avaliação do presidente do Sindicato da categoria, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá, “foi um acordo possível”, que impediu o fechamento da MVA e garante investimento na unidade.

Em nota divulgada no fim de semana, a empresa anunciou que vai ampliar o Complexo Industrial de Gravataí, no Rio Grande do Sul. Na localidade, será criado o terceiro turno de trabalho, com a abertura de 2.450 empregos na produção dos modelos Celta e Onix hatchback, além de um veículo que ainda será lançado no mercado brasileiro. Só o projeto em torno da fabricação do Onix envolveu investimentos de R$ 1,4 bilhão.

Acompanhe tudo sobre:DemissõesDesempregoEmpresasEmpresas americanasgestao-de-negociosGM – General MotorsGrevesMontadoras

Mais de Negócios

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'