Funcionário trabalha na linha de produção de um jato 170-190 na sede da Embraer, em São José dos Campos (Paulo Fridman/Bloomberg News)
Da Redação
Publicado em 8 de outubro de 2014 às 19h46.
São Paulo - Os metalúrgicos da Embraer em São José dos Campos (SP), onde fica a principal fábrica da empresa, fizeram protesto nesta quarta-feira contra a proposta da companhia de reajustar os salários em 6,6 por cento, com aumento real de 0,24 por cento, e aprovaram aviso de greve, informou o sindicato local.
"Cerca de 1 mil trabalhadores da produção e do setor administrativo da fábrica atrasaram a entrada. Os metalúrgicos da produção entrariam às 5h40, mas só começaram a trabalhar às 9h. O setor administrativo atrasou a entrada em duas horas (das 7h às 9h). Os metalúrgicos também aprovaram aviso de greve", disse em nota à imprensa pela manhã o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.
Os trabalhadores da Embraer pedem 10 por cento de reajuste --6,35 por cento de inflação pelo INPC mais 3,43 por cento de aumento real.
Em nota, a Embraer disse que, embora não tenha havido acordo entre as partes, a empresa aplicou reajuste de 5,30 por cento nos salários de seus empregados já a partir de setembro como uma antecipação pela data-base.
A fabricante disse que respeita o direito à manifestação por parte de seus colaboradores, mas acusou o sindicato de impedir o acesso ao trabalho por funcionários, que "têm sido agredidos" quando tentam entrar na empresa, "conforme registrado em boletim de ocorrência" nesta quarta-feira.
Procurado, o sindicato disse que não houve nenhum caso de agressão e afirmou que aquilo que a empresa chamou de impedimento de funcionários entraram na empresa foi uma assembleia.