Negócios

Meta corta plano de expansão em NY e fecha um de seus escritórios

O fechamento planejado vem à medida que o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, busca fazer mudanças radicais na companhia

Meta: Zuckerberg planeja reorganizar equipes e reduzir o número de funcionários na empresa pela primeira vez (Justin Sullivan/Getty Images)

Meta: Zuckerberg planeja reorganizar equipes e reduzir o número de funcionários na empresa pela primeira vez (Justin Sullivan/Getty Images)

B

Bloomberg

Publicado em 4 de outubro de 2022 às 12h38.

Última atualização em 4 de outubro de 2022 às 12h45.

A Meta está planejando fechar um de seus escritórios em Nova York depois de reduzir seus planos de expansão na cidade, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.

A empresa está exercendo sua opção de rescindir seu contrato de aluguel na 225 Park Avenue South, em Manhattan, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas porque a informação era privada.

Fique por dentro das principais notícias do Brasil e do mundo. Assine a EXAME

A Meta vem consolidando sua força de trabalho em Nova York, construindo escritórios em Hudson Yards, com planos de avançar para o Farley Building, perto da Pennsylvania Station. No entanto, a empresa tem cortado alguns de seus planos de crescimento na cidade, informou a Bloomberg News.

“O 225 Park Avenue South serviu como um ótimo espaço de ponte para nos levar aos nossos novos escritórios em Hudson Yards e Farley”, disse a porta-voz da Meta, Jamila Reeves, na segunda-feira em comunicado por e-mail. “Trabalhamos para garantir que estamos fazendo investimentos focados e equilibrados para apoiar nossas prioridades mais estratégicas de longo prazo.”

A Meta continua “firmemente comprometida com Nova York e ancorando ainda mais nossa presença local”, acrescentou.

O fechamento planejado vem à medida em que CEO da Meta, Mark Zuckerberg, busca fazer mudanças radicais, incluindo a reorganização das equipes e a redução do número de funcionários na empresa pela primeira vez.

Congelamento de contratações

A Meta vai congelar contratações e planeja reestruturar algumas equipes para cortar despesas e realinhar prioridades, disse Zuckerberg durante sessão semanal de perguntas e respostas com funcionários, informou a Bloomberg News anteriormente. A empresa provavelmente será menor em 2023 do que neste ano, disse ele, anunciando o que seria o primeiro grande corte no orçamento desde a fundação do Facebook em 2004.

A Meta reduzirá os orçamentos da maioria das equipes, mesmo aquelas que estão crescendo, e as equipes individuais descobrirão como lidar com as mudanças no número de funcionários. Isso pode significar não preencher vagas de pessoas que saíram, transferir pessoas para outras equipes ou trabalhar para “gerenciar pessoas que não estão tendo sucesso”, disse Zuckerberg.

Os cortes de custos e o congelamento de contratações são a admissão mais contundente da Meta de que o crescimento da receita de publicidade está diminuindo em meio à crescente competição pela atenção dos usuários. Além das pressões econômicas, o negócio de publicidade da empresa, baseado na segmentação precisa do consumidor, perdeu parte de sua vantagem devido a novas restrições de privacidade da Apple no rastreamento de usuários do iPhone. Além disso, a rival TikTok está atraindo usuários mais jovens do Instagram, que pertence à Meta.

Zuckerberg também está fazendo uma aposta cara no metaverso, um futuro imersivo de realidade virtual onde ele imagina que as pessoas acabarão se comunicando. Um esforço que, segundo ele, resultará em perda de dinheiro por muitos anos.

Acompanhe tudo sobre:FacebookNova York

Mais de Negócios

Mesbla, Mappin, Arapuã e Jumbo Eletro: o que aconteceu com as grandes lojas que bombaram nos anos 80

O negócio que ele abriu no início da pandemia com R$ 500 fatura R$ 20 milhões em 2024

10 mensagens de Natal para clientes; veja frases

Ele trabalhava 90 horas semanais para economizar e abrir um negócio – hoje tem fortuna de US$ 9,5 bi