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Meta aceita pagar US$ 25 milhões para encerrar processo movido por Trump

O presidente e outros usuários do Facebook alegavam que suas contas haviam sido suspensas ilegalmente a pedido do governo dos EUA

Carolina Ingizza
Carolina Ingizza

Redatora na Exame

Publicado em 30 de janeiro de 2025 às 08h49.

Última atualização em 30 de janeiro de 2025 às 08h49.

A gigante de tecnologia Meta (META), dona das redes sociais Facebook, Instagram e WhatsApp, aceitou um acordo extrajudicial para pagar US$ 25 milhões e encerrar um processo judicial movido pelo ex-presidente Donald Trump e outros usuários de suas plataformas, de acordo com informações do jornal americano Wall Street Journal. 

No processo, o grupo capitaneado por Trump alegava que suas contas no Facebook haviam sido suspensas ou bloqueadas de forma ilegal pela companhia a pedido do governo dos Estados Unidos

John Coale, advogado de Trump, disse que o acordo foi assinado após negociações diretas entre o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, e o presidente americano. O advogado afirmou que estava “tentando levar as partes para a mesa de negociações há dois anos” e que “a eleição ajudou” a chegar a um consenso agora. 

De acordo com o site Politico, a Meta irá pagar US$ 22 milhões para um fundo destinado à construção da biblioteca presidencial de Trump. Os outros US$ 3 milhões serão destinados às quatro outras partes que ingressaram com o processo ao lado de Trump.

O presidente foi banido do Facebook logo após os ataques ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Na época, ele entrou com uma ação contra a Meta como forma de representar todas as pessoas que foram banidas das redes sociais da empresa. No entanto, como não é oficialmente uma ação coletiva, nenhum outro usuário bloqueado — além dos que estão nomeados no processo — poderá receber parte do dinheiro. 

Separadamente, Trump também processou o X (antigo Twitter) e o Google. Em 2022, um juiz federal de São Francisco negou os pedidos do presidente no processo envolvendo o Twitter com base em processos anteriores que rejeitaram alegações semelhantes sobre as políticas de moderação de conteúdo das redes sociais. A decisão foi questionada pelos advogados do político, mas ainda aguarda julgamento, assim como o processo contra o Google.

O acordo com a Meta faz parte de uma série de medidas recentes adotadas por Zuckerberg para melhorar a relação da empresa com o governo Trump. No início do mês, o CEO anunciou que acabaria com a checagem de fatos feita por terceiros. A decisão veio após a companhia doar US$ 1 milhão para o fundo da posse presidencial de Trump e nomear o lobista republicano Joel Kaplan para liderar sua equipe de políticas públicas. 

A dona do Facebook não é a única empresa americana disposta a encerrar os atritos com Trump. Em dezembro, a emissora ABC News concordou em pagar US$ 15 milhões em um acordo para encerrar um processo por difamação movido por Trump.

Segundo o Politico, a emissora de televisão CBS também estaria em negociação de um acordo com Trump para pôr fim a um processo em que o presidente a acusa de manipular a edição de uma entrevista do programa 60 Minutes com a vice-presidente Kamala Harris.

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