VALE: alta puxada pela retomada na China (Washington Alves/Reuters)
Juliana Estigarribia
Publicado em 20 de julho de 2020 às 06h38.
Última atualização em 20 de julho de 2020 às 06h39.
Enquanto a economia global amarga quedas expressivas dos indicadores, em um cenário de pandemia do novo coronavírus, as grandes mineradoras têm apresentado um desempenho positivo. É o caso da Vale, que irá divulgar nesta segunda-feira, 20, após o fechamento do mercado, seu relatório de produção referente ao segundo trimestre.
A expectativa é que o volume produzido de minério de ferro da companhia apresente crescimento em relação aos três primeiros meses deste ano.
Analistas estimam uma recuperação robusta da produção de minério de ferro no mercado brasileiro de abril a junho, principalmente devido à normalização gradual das operações de companhias mais preparadas.
No caso da Vale, o retorno de algumas minas - como no Complexo de Itabira, em Minas Gerais - contribuiu para o desempenho positivo na margem.
Na comparação anual, o resultado da produção de minério de ferro da companhia deve ser de estabilidade, o que sinaliza uma recuperação abaixo do esperado - considerando a base enfraquecida pelo desastre de Brumadinho.
Por outro lado, no segundo trimestre deste ano a Vale deve se beneficiar do boom dos preços do minério de ferro, que superaram a casa dos 100 dólares por tonelada. A alta tem dois principais pilares, o primeiro deles é a lenta recuperação da oferta, impactada pelos desdobramentos da pandemia do coronavírus.
Na outra ponta, a demanda da China, maior consumidor global de minério de ferro, está aquecida. Porém, os preços não devem se sustentar nesse patamar, avalia Felipe Beraldi, analista de mineração da Tendências Consultoria. “A produção deve começar a apresentar uma recuperação mais consistente no Brasil, com uma consequente acomodação dos preços.”