Mercedes-Benz: a bateria do ônibus elétrico a ser lançado pela Mercedes permite ao veículo rodar 250 quilômetros sem necessidade de recarga (Artur Widak/NurPhoto/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 25 de agosto de 2021 às 14h21.
Última atualização em 26 de agosto de 2021 às 10h34.
Apresentado como primeiro passo da montadora no Brasil rumo à eletromobilidade, a Mercedes-Benz revelou nesta quarta-feira que está desenvolvendo chassis elétricos de ônibus para circulação em centros urbanos do país, além de mercados vizinhos do continente para onde a montadora pretende exportar a tecnologia.
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Resultado de investimentos de R$ 100 milhões, que fazem parte do ciclo de R$ 2,4 bilhões da marca no Brasil entre 2018 e 2022, o projeto está sendo conduzido por equipes da fábrica de São Bernardo do Campo, onde o veículo será produzido, com apoio de engenheiros da Daimler, dona da marca, na Alemanha, onde os protótipos já estão sendo testados. O plano é iniciar as vendas do produto no ano que vem.
Durante o anúncio, Karl Deppen, presidente da operação brasileira da Mercedes-Benz, sustentou que a velocidade de introdução de novas tecnologias no país depende de investimentos em infraestrutura, como postos de recarga das baterias.
"Para que os benefícios tecnológicos aplicados à mobilidade urbana sejam agregados ao desenvolvimento social e econômico das cidades, é imprescindível que o Brasil e a América Latina também preparem a sua infraestrutura para a operação dos veículos elétricos", comentou Deppen.
Segundo Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas e marketing da montadora, a Mercedes preferiu fazer a eletrificação primeiro dos ônibus por o veículo coletivo urbano ter menos restrições do que os caminhões, onde a falta de uma rede de recargas nacional torna inviável o uso da tecnologia em longas distâncias.
A bateria do ônibus elétrico a ser lançado pela Mercedes permite ao veículo rodar 250 quilômetros sem necessidade de recarga.
"A gente optou por começar com chassis de ônibus urbanos por impactar mais pessoas e a sociedade do que o caminhão elétrico, que tem restrições de infraestrutura para operação", afirmou o executivo. "Caminhão elétrico vem na hora certa, é outra discussão que vamos ter no futuro", acrescentou.