Negócios

Mercado interno no primeiro tri ficou aquém, diz Brasil Foods

Da diminuição de R$ 257 milhões do Ebit entre o primeiro trimestre do ano e de 2012, o mercado interno foi responsável por perdas de R$ 248 milhões

As vendas da BRF Brasil Foods no mercado interno no primeiro trimestre de 2012 ficaram aquém do esperado pela companhia (EXAME)

As vendas da BRF Brasil Foods no mercado interno no primeiro trimestre de 2012 ficaram aquém do esperado pela companhia (EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2012 às 12h20.

São Paulo - Apesar de ter uma performance melhor do que as exportações, as vendas da BRF Brasil Foods no mercado interno no primeiro trimestre de 2012 ficaram aquém do esperado pela companhia. "Não fomos somente nós que sentimos, o setor como um todo percebeu isso. O varejo se comportou de uma maneira fraca, tímida, o giro não foi tão forte. Talvez o período de férias tenha interferido", disse o vice-presidente de Finanças, Administração e Relações com Investidores, Leopoldo Saboya, durante coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira.

Segundo ele, da diminuição de R$ 257 milhões do Ebit (lucro antes dos juros e impostos) entre o primeiro trimestre do ano e de 2012, o mercado interno foi responsável por perdas de R$ 248 milhões. Porém, Saboya acredita em uma recuperação das vendas domésticas nos próximos períodos.

"Acreditamos no efeito positivo do salário mínimo, das medidas de estímulo anunciadas pelo governo e no repasse da queda da Selic. Isso vai aumentar a confiança do consumidor. Só estamos esperando os sinais efetivos do mercado para ver realmente a recuperação", disse o executivo.

Saboya ainda comentou que, no curtíssimo prazo, a empresa está sendo pressionada pelos custos de produção, principalmente do farelo de soja, que alcançou níveis recordes. "Acredito que teremos de fazer eventuais reajustes de preço para compensar esses custos", afirmou.

Cade

Segundo o vice-presidente de Assuntos Corporativos da BRF, Wilson Mello Neto, que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) se manifestará em maio sobre a troca de ativos entre a empresa e a Marfrig anunciada em dezembro. "No mais, está tudo em ordem", declarou.

Segundo ele, no dia 01 de junho começam as transferências dos ativos. Nessa data, a BRF recebe a Quickfood da Marfrig na Argentina e passa as unidades de Lages (SC), Duque de Caxias (RJ) e Carambeí (PR. Neste este último local, somente a fábrica de suínos. Já em 01 de julho, a BRF transfere à Marfrig outras unidades fabris e o pacote de marcas definidas no acordo com o Cade. E, por fim, em 01 de agosto, recebe as unidades da BRF de Brasília (DF) e Várzea Grande (MT).

"Já as suspensões de produtos da marca Batavo (cárneos) e Perdigão começam dia 01 de julho", informou o executivo. Pelo Termo de Compromisso de Desempenho (TCD) firmado com o Cade na época da aprovação da fusão com a Sadia, ficou determinada a suspensão das vendas de cárneos da Batavo por quatro anos e alguns itens da Perdigão por entre três e cinco anos, dependendo da categoria.

Acompanhe tudo sobre:AlimentaçãoAlimentos processadosBalançosBRFCarnes e derivadosEbitdaEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasLucroSadia

Mais de Negócios

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'