Lâmpada: com a mudança no projeto, o mercado dos medidores de energia elétrica pode ficar em menos de US$ 5 bilhões até 2020 (REUTERS/Michaela Rehle)
Da Redação
Publicado em 2 de janeiro de 2013 às 11h09.
São Paulo - A decisão do governo de reduzir o escopo do projeto de instalação de medidores eletrônicos de energia elétrica está cortando pela metade um mercado de US$ 10 bilhões (R$ 20,5 bilhões) que atraiu fabricantes estrangeiros como o Elster Group SE e a Echelon Corp.
A Aneel -- Agência Nacional de Energia Elétrica -- neste ano considerou muito caro um projeto de 2010 que exigia que fornecedoras de energia elétrica como CPFL Energia SA a Centrais Elétricas Brasileiras SA instalassem os chamados medidores inteligentes.
Segundo o novo projeto, anunciado em 8 de agosto, as elétricas vão instalar os aparelhos apenas se o consumidor pedir a mudança e as empresas podem usar modelos mais baratos.
Com a mudança no projeto, o mercado dos medidores, que ajudam a aumentar a eficiência e combater o roubo de energia, pode ficar em menos de US$ 5 bilhões até 2020, metade da estimativa anterior de aproximadamente US$ 10 bilhões, segundo dados compilados pela Bloomberg New Energy Finance. As elétricas devem substituir até 38 milhões de medidores até o final da década.
“Estávamos todos esperando um mercado enorme e agora há um ar de pessimismo”, Geraldo Guimarães Jr., vice-presidente para a América Latina na Elster, com sede em Essen, Alemanha, disse em entrevista por telefone de São Paulo.