Negócios

Aviação executiva pode se reerguer só em 2020, diz Embraer

Turbulências geradas pela crise internacional de 2008 fizeram vendas de jatinhos despencarem em todo mundo; Hoje, recuperação do setor é lenta

Legacy 500, da Embraer: jatinho executivo começa a ser vendido em 2014 por cerca de 20 milhões de dólares (Divulgação/ Embraer)

Legacy 500, da Embraer: jatinho executivo começa a ser vendido em 2014 por cerca de 20 milhões de dólares (Divulgação/ Embraer)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2013 às 19h21.

São Paulo – A Embraer acredita que o mercado pode demorar até sete anos para voltar ao pico de vendas de jatos executivos alcançado em 2008. Naquele ano, 156 aeronaves do tipo foram comercializadas em todo o mundo. A afirmação foi feita por Marco Túlio Pellegrini, presidente de Operações da Embraer Executive Jets, em entrevista coletiva hoje em São Paulo.

Segundo o executivo, há dois cenários possíveis para a recuperação do comércio desse tipo de produto. O mais otimista prevê que, até 2016, as vendas de aeronaves corporativas terão rendido 230 bilhões de dólares. Já um panorama mais pessimista indica que o mercado só alcançará a marca de 218 bilhões de dólares em 2020. Depois da crise internacional de 2008, a venda de jatinhos no mundo despencou.

"Nos próximos 10 anos, o Brasil vai precisar de 490 a 530 jatos e esse mercado deve movimentar cerca de 8,4 bilhões de dólares", afirmou Pellegrini. Maior comprador de jatinhos da América Latina, o país tem uma demanda de aviões executivos quase quatro vezes maior do que o México – onde as vendas no período não devem mobilizar mais do que 3,5 bilhões de dólares.

Jogo de engrenagens

Para o presidente da Embraer Executive, a compra de um jato depende de um "jogo de engrenagens". Ele acredita que fatores como tráfego de aeronaves e infraestrutura influenciam na opção por esse tipo de produto.

De acordo com Pellegrini, os principais obstáculos à venda hoje são a escassez de financiamento, o mercado de aviões usados e o medo de investir por parte dos compradores.

No caso do Brasil, soma-se a isso a valorização do dólar. "Hoje são necessários mais reais do que há 1 ano atrás para comprar um avião", comenta ele.

Novidades

Apesar das dificuldades, a Embraer apresenta nessa semana o Legacy 500. O novo jato executivo da companhia deve começar a ser comercializado por cerca de 20 milhões de dólares no primeiro semestre de 2014 e estará em exposição na Labace, feira de aviação de negócios que acontece até sexta em São Paulo. 

Além disso, a empresa vai aproveitar o evento para apresentar as novas funcionalidades disponíveis para o Phenon 100, outro avião corporativo de seu portfolio. Entre elas, estão assentos premium e armário para bebidas.

As medidas da empresa contrastam com o prejuízo de 6,7 milhões no segundo trimestre de 2013 revelado pelo último balanço. Em julho, a Embraer foi escolhida a Empresa do Ano pelo prêmio Melhores e Maiores da revista EXAME.

Acompanhe tudo sobre:EmbraerEmpresasEmpresas abertasempresas-de-tecnologiaJatos executivosSetor de transporteVendas

Mais de Negócios

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'

Martha Stewart diz que aprendeu a negociar contratos com Snoop Dogg

COP29: Lojas Renner S.A. apresenta caminhos para uma moda mais sustentável em conferência da ONU