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Vanessa Barbosa
Publicado em 10 de março de 2018 às 07h17.
Última atualização em 10 de março de 2018 às 07h17.
São Paulo - A presença crescente das fontes renováveis na matriz energética mundial traz a necessidade de sistemas de armazenamento de energia, para garantir eletricidade de forma contínua, já que o sol sempre se põe e o vento nem sempre sopra.
Nos últimos anos, as baterias de íons de lítio (Li-ion) foram a tecnologia mais escolhida para os projetos de armazenamento de energia estacionários, devido a uma combinação de baixo custo, eficiência e segurança.
Iniciativas governamentais para promover a utilização sustentável da energia impulsionarão ainda mais esse mercado, que pode chegar a R$ 23,1 bilhões até 2026, segundo projeções da consultoria Navigant Research.
As baterias de íons de lítio também lideraram os mercados de armazenamento de energia em veículos elétricos e eletrônicos de consumo, como smartphones e notebooks.
"O rápido crescimento desses mercados permitiu que os fornecedores desenvolvessem economias de escala através de investimentos importantes em novas instalações de fabricação que estão diminuindo os preços", diz a consultoria em comunicado.
Atualmente, o mercado de baterias de íons de lítio para armazenamento em rede é basicamente liderado por duas gigantes sul-coreanas: a LG-Chem e a Samsung SDI.
As duas líderes são seguidas de perto pela chinesa BYD, as japonesas Panasonic e Toshiba, a fabricante sul-coreana Kokam, as francesas Saft e Leclanché, a chinesa CATL (maior produtora chinesa de baterias automotivas) e, por fim, a canadense Electrovaya.
Os analistas da Navigant Research pontuam que a paisagem global dos fabricantes de íons de lítio está se tornando cada vez mais competitiva, com empresas concorrendo por mais participação de mercado e investindo fortemente em pesquisa e desenvolvimento.
Para os próximos anos, a consultoria prevê que o crescimento do mercado será distribuído principalmente entre os países da América do Norte, Europa e Ásia Pacífico, impulsionado principalmente por mudanças e incentivos regulatórios antes que os preços baixem o suficiente para competir no varejo.