Entre os entrevistados, 40,54% afirmam que não pretendem fazer nenhum tipo de adaptação ao seu modelo de remuneração frente ao avanço dos mais jovens (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 17 de setembro de 2013 às 20h04.
São Paulo – Elevar o desempenho da equipe sem inflar a folha de pagamento tem sido o maior desafio dos profissionais de remuneração em empresas em todo o mundo.
Lançada nesta segunda-feira, a pesquisa global de remuneração do Hay Group aponta que 19,74% dos profissionais focados em remuneração tem visto a relação entre desempenho e custos o principal desafio de sua gestão.
Rodrigo Redorat, gerente do Hay Group, explica que essa dificuldade também está associada à escassez de mão-de-obra qualificada. “A guerra por talentos dificultou a administração dos custos da remuneração”, afirma.
Em segundo lugar, está a dificuldade de acertar na contratação. Entre os pesquisados, 17,11% afirmou ter problemas em atrair as pessoas certas para a organização. Por outro lado, apenas 7,89% se preocupa majoritariamente com os bons profissionais que abandonam a empresa.
Recompensa
Pela experiência dos entrevistados, a oportunidades de desenvolvimento de carreira são consideradas as recompensas mais motivadoras.
Segundo a pesquisa, 20,44% dos entrevistados apontaram esse item como o mais relevante para o engajamento – ultrapassando até o valor do salário base, mencionado por 11,6% dos consultados.
Monitoramento
As empresas seguem usando o mercado como principal baliza para fixar seu quadro de salários. Entre os consultados, foram 21,97% os que responderam que mantém seu programa de remuneração equiparado ao mercado - e por isso entendem que o modelo está funcionando.
Apenas 15% reconhecem maiores níveis de produtividade, vendas e lucros a partir da gestão das remunerações – que não se limitam ao salário. “Se eu estou observando executivos que eu desejo manter na organização, os bônus e os programas de longo prazo ganham mais relevância que o salário base”, diz.
Geração Y
A adaptação de programas de recompensas para cada geração ainda não é uma realidade nas empresas. Entre os entrevistados, 40,54% afirmam que não pretendem fazer nenhum tipo de alteração no programa de salários e benefícios em função das especificidades de cada grupo.
Para Redorat, essa é uma preocupação que devia estar no radar dos gestores. “Os profissionais mais jovens em breve chegarão a cargos de liderança, é preciso começar a identificar as prioridades destes talentos.”