Entrada do McDonald's na Califórnia, Estados Unidos: rede tem conseguido alavancar as vendas mais rapidamente do que a maior parte da concorrência (Mike Blake/Reuters)
Da Redação
Publicado em 8 de novembro de 2012 às 21h29.
Nova York - As vendas mundiais do McDonald's caíram 1,8% em outubro, mais do que o esperado pelo mercado, em relação ao mesmo mês do ano passado. A rede de fast food vem tentando combater a menor demanda dos consumidores em meio à atual incerteza econômica.
Os analistas esperavam uma piora de 1,07% nas vendas em restaurantes abertos há pelo menos 13 meses, de acordo com o Consensus Metrix. "Apesar de os resultados das vendas de outubro mostrarem os desafios do mercado mundial de hoje, estou confiante de que as estratégias e ajustes que estamos fazendo vão aumentar as vendas e nos levar a um crescimento sustentável e lucrativo", disse o presidente e executivo-chefe da empresa, Don Thompson.
O McDonalds's tem conseguido alavancar as vendas mais rapidamente do que a maior parte da concorrência, graças à expansão global de suas operações e à crescente diversidade do seu cardápio. No entanto, as medidas de austeridade na Europa têm contribuído para a diminuição das vendas nos últimos meses. Enquanto isso, Burger King e Wendy's têm trabalhado na repaginação de seus cardápios e investido em campanhas publicitárias na tentativa de competir em melhores condições com os gigantes do setor.
Nos Estados Unidos, as vendas do McDonald's caíram 2,2%, acima da estimativa dos analistas, que esperavam queda de 1,05%. Na Europa, o resultado foi o mesmo, ante a expectativa de queda de 0,69%. Ásia, Oriente Médio, Oceania e África registraram declínio de 2,4%, índice melhor que o recuo de 3,01% esperado, mas com destaque para os resultados negativos no Japão, Austrália e outros mercados, incluindo a China.
O McDonald's informou em outubro que o lucro da empresa no terceiro trimestre caiu 3,5% devido às flutuações no câmbio e à diminuição das vendas. Às 15h15 (de Brasília), as ações da companhia registravam baixa de 1,69%. O recuo das ações no acumulado do ano é de 13%. As informações são da Dow Jones.