Caminhão da Man Latin America: a fábrica da montadora tem capacidade para produzir 330 veículos por dia; a meta é aumentar a capacidade para 500 veículos até o fim de 2016 (Divulgação/ Latin America)
Da Redação
Publicado em 29 de janeiro de 2014 às 07h25.
Rio - Apesar do cenário de baixo crescimento do PIB e das dificuldades do governo para estimular a atividade econômica no País, a MAN Latin America mantém-se otimista em relação à demanda por caminhões. A empresa vai investir cerca de R$ 100 milhões em expansão da capacidade instalada de 2014 até 2016.
Atualmente, a fábrica da montadora, em Resende (RJ), tem capacidade para produzir 330 veículos por dia. Até o fim de 2016 esperamos ter uma capacidade de produção de 500 veículos por dia, disse Roberto Cortes, presidente da MAN.
Cortes evita dizer que 2013 foi um bom ano para a produção. Segundo ele, foi um ano de recuperação, depois do tombo verificado em 2012 por causa da mudança do motor por uma versão movida a combustível menos poluente. Naquele ano, o mercado total de caminhões caiu 19,5%.
A alteração, prevista em legislação, tornou mais caros os novos modelos fabricados no País e provocou uma antecipação no consumo no final de 2011.
A produção de caminhões e ônibus da MAN passou de 47,9 mil unidades em 2012 para 61,2 mil em 2013. Passado o impacto da troca de motor, a perspectiva para 2014 é positiva, com sinais de que a produção está no caminho da retomada. Desde que haja crescimento econômico, salientou Cortes.
A montadora espera um crescimento de 5% a 7% no mercado de caminhões em 2014. A MAN cresce um pouco mais, em função dos novos produtos, avaliou o presidente da montadora. O Brasil cresce muito em agricultura e mineração, então a gente está investindo nos veículos extra pesados.
BNDES
Segundo ele, o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do BNDES para aquisição de bens de capital permanece como principal impulsionador da produção de caminhões, apesar do aumento das taxas de juros praticadas pelo banco de fomento.
Para caminhões e ônibus, a taxa de 4% cobrada em 2013 passou para 6% em 2014. Mas a prorrogação do programa até 31 de dezembro de 2014 foi comemorada por fabricantes. Os juros do PSI realmente subiram. Mas é uma taxa de juros ainda muito interessante. Eu diria que o PSI é fundamental para o crescimento na produção que estamos esperando, afirmou.
A atual estratégia da montadora é atrair os fornecedores para o seu parque produtivo, em Resende. Hoje, nós temos duas fábricas de fornecedores. Em março, vamos ter mais uma, e queremos atrair pelo menos mais três ainda este ano. Serão seis fábricas de fornecedores, ou operando junto ou se instalando, até o fim de 2014, disse Cortes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.