A nova crise política no Brasil esmagou o valor de ativos brasileiros e custou às dezesseis pessoas mais ricas do país US$ 6,2 bilhões na quinta-feira, de acordo com o Índice Bloomberg Billionaires.
Ações, títulos e o real caíram após o jornal O Globo ter noticiado suposto aval de Michel Temer para compra do silêncio de Eduardo Cunha.
O Ibovespa caiu 8,8 por cento e o real teve a maior queda desde 2008. A queda reduziu os ganhos acumulados no ano dos dezesseis bilionários de 15,8 por cento na terça-feira para 10,6 por cento. Apesar da crise, Temer disse em pronunciamento que não vai renunciar.
O bilionário Joseph Safra, fundador do Banco Safra, sofreu a maior perda, de mais de US$ 1 bilhão. Jorge Lemann, a pessoa mais rica do Brasil e um dos três parceiros bilionários por trás da empresa de private equity 3G Capital, perdeu US$ 930 milhões.
Juntos, os bilionários por trás da 3G, que controla a maior cervejaria do mundo, a Anheuser-Busch InBev NV, perderam um total combinado de US$ 1,8 bilhão.
O único bilionário brasileiro que teve aumento no patrimônio líquido na quinta-feira foi o co-fundador do Facebook, Eduardo Saverin, que adicionou US$ 159 milhões com a alta de 1,9 por cento das ações da empresa.
O índice Bloomberg é um ranking diário das 500 pessoas mais ricas do mundo, que possuem US$ 4,8 trilhões.
Este conteúdo foi originalmente publicado no site da Bloomberg.