IPO do Magazine Luiza, em maio: um dos objetivos era levantar dinheiro para aquisições e expansão (BM&FBovespa)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2011 às 17h20.
São Paulo - Com a aquisição da Lojas do Baú, o Magazine Luiza já ultrapassou, em faturamento, a Máquina de Vendas, segundo Cláudio Felisoni, presidente do conselho do Provar/Ibevar. A Máquina de Vendas ocupava, até então, o segundo lugar entre as redes de varejo de eletro-móveis – setor liderado pelo Grupo Pão de Açúcar, dono do Ponto Frio e sócio da Casas Bahia.
A operação “juntou a fome com a vontade de comer”, disse Felisoni. Ainda abatido pela crise do banco PanAmericano, o Grupo Silvio Santos já queria vender a rede, para focar nas suas operações de consumo (Jequiti), comunicação (encabeçada pelo SBT) e capitalização (Tele Sena). O Magazine Luiza, por sua vez, tinha interesse em comprar.
A forma de expansão mais provável para as empresas são as aquisições ou associações, segundo Felisoni. Um dos motivos para isso é que as regiões interessantes para expansão já estão ocupadas por operações já existentes. Agora, pós-oferta pública de ações, o Magazine Luiza tem dinheiro para realizar aquisições. A Máquina de Vendas “certamente vai às compras”, segundo Felisoni.
O Magazine Luiza anunciou hoje a aquisição da Lojas do Baú, por 83 milhões de reais. A rede do Grupo Silvio Santos faturou, aproximadamente, 415 milhões de reais em 2010. Em número de lojas, a operação ainda será menor que a Máquina de Vendas. O Magazine Luiza terá, agora, 725 lojas, 121 a mais do que antes da aquisição, mas 25 a menos do que a Máquina de Vendas. A rede pretende elevar o faturamento médio das Lojas do Baú – que foi de 9 mil reais por metro quadrado em 2010– para os patamares das lojas sob sua bandeira, que faturaram 14,2 mil reais por metro quadrado no ano passado.