Entrega de produtos da Magazine Luiza: teste foi feito com 50 lojas da ABC da Construção, que tem forte presença em Minas Gerais (Magazine Luiza/Divulgação)
Natália Flach
Publicado em 30 de maio de 2019 às 19h02.
Última atualização em 11 de julho de 2019 às 17h15.
São Paulo - A varejista Magazine Luiza vai expandir seus pontos de vendas mesmo sem abrir novas lojas. Isso será possível por meio da parceria com outros estabelecimentos, que vão se tornar revendedores de eletrodomésticos, celulares e móveis.
A estratégia se apoia na plataforma “Parceiro Magalu” e já foi testada nas 50 lojas de materiais de construção ABC da Construção, que tem forte presença em Juiz de Fora (MG), e agora vai ser replicada em outros estabelecimentos.
Isso só é factível por causa da tecnologia embarcada nas maquininhas da processadora de cartões Cielo. Em linhas gerais, a maquininha se conecta ao aplicativo “Parceiro Magalu”, o que permite a conclusão da venda.
Desta forma, o lojista pode mostrar os itens a seus clientes e, se a compra for concluída, ele recebe uma comissão da varejista. Já o cliente pode receber o produto em casa ou pode retirá-lo em uma das lojas do Magazine Luiza.
Neste caso, o valor transacionado cai na conta do Magazine Luiza e não do estabelecimento comercial. Da mesma forma que se a loja de construção fizer uma venda de algum material, o dinheiro cai na conta dela.
“É mais do que uma maquininha, é um terminal inteligente que consegue embarcar diversas contas e diversos estabelecimentos”, explica Renata Greco, vice-presidente da Cielo, em entrevista exclusiva a EXAME.
Se, por um lado, a Magazine ganha novos pontos de venda e novos clientes, por outro, a Cielo passa ter acesso a lojistas e a um valor transacionado potencialmente maior. “É uma parceria de ganha-ganha”, diz.
A solução mostra que o mundo físico ainda é um canal importante para a Magazine Luiza, que nos últimos dias tem travado uma verdadeira batalha com a empresa de itens esportivos Centauro pela aquisição da concorrente Netshoes.