Bilionária faz mais uma doação para caridade (./Divulgação)
Karina Souza
Publicado em 15 de junho de 2021 às 17h38.
Última atualização em 15 de junho de 2021 às 18h16.
Uma das mulheres mais ricas do mundo, MacKenzie Scott, ex-esposa de Jeff Bezos, anunciou nesta terça-feira, 15, a doação de 2,74 bilhões de dólares (mais de 13 bilhões de reais) para caridade. O gesto foi anunciado hoje em seu blog e, nele, a bilionária explica que o dinheiro veio dela e de seu marido, Dan Jewett, e será doado a 286 organizações de alto impacto que não recebem fundos suficientes para funcionar.
A análise das ONGs e projetos que receberam o dinheiro foi conduzida durante o primeiro trimestre de 2021.
O tom do post é de que a doação é parte de um plano de dividir a riqueza de MacKenzie, que tem uma fortuna estimada em 59 bilhões de dólares. "Somos regidos por uma crença de que seria melhor se a riqueza desproporcional não estivesse concentrada em um pequeno número de mãos. Podemos começar reconhecendo as pessoas que trabalham para construir uma sociedade melhor dentro das comunidades", afirma.
Além disso, a bilionária afirma que seu plano é "tirar o foco" de pessoas privilegiadas em termos de dinheiro para "ceder o foco" a outros, que trabalham em prol da construção de uma sociedade melhor.
Entre as organizações beneficiadas, o foco de atuação é bastante variado: instituições que promovem a educação, outras que trabalham contra a discriminação étnico-religiosa, além de programas que fomentam arte e cultura.
Essa não é a primeira doação que a ex-esposa da Jeff Bezos faz para a caridade. No fim do ano passado, 4 bilhões de dólares foram doados a outras 300 instituições de caridade com foco na pandemia de covid-19, que se somam a outra doação, de 1,7 bilhão de dólares, feita também em 2020. Com isso, Scott ultrapassa a marca de 8 bilhões de dólares doados em menos de um ano.
Antes do divórcio de Jeff Bezos, em 2019, ela entrou para o movimento criado por Bill Gates chamado The Giving Pledge ("A promessa de doações", numa tradução livre), que encoraja pessoas com muito dinheiro a doar grandes quantias para a filantropia. Para MacKenzie, esse parece ser um objetivo a ser cumprido ainda em vida.
"Mais de 700 milhões de pessoas em todo o mundo ainda vivem em extrema pobreza. Para encontrar soluções, buscamos percepções locais e engajamento diversificado e, por isso, priorizamos organizações com equipes locais, líderes negros e um foco específico no empoderamento de mulheres e meninas", afirma MacKenzie, no comunicado divulgado nesta terça-feira.
Além de tornar a vida de pessoas que precisam de auxílio melhores, políticas de inclusão também trazem mais retorno financeiro para as empresas. Só em igualdade de gênero, 12 trilhões de dólares poderiam ser adicionados à economia global até 2025. Ao mesmo tempo, diante da pandemia, fomentar o acesso ao ensino e a boas condições de trabalho torna-se ainda mais importante: um estudo do Goldman Sachs apontou, recentemente, que as empreendedoras brasileiras são as mais prejudicadas no mundo todo, por exemplo.