Lyft: empresas de transporte por aplicativo vêm enfrentando críticas por ajudarem a piorar congestionamento de ruas (Chris Helgren/Reuters)
Reuters
Publicado em 19 de abril de 2018 às 16h39.
Última atualização em 1 de março de 2019 às 16h09.
A Lyft está lançando um programa nesta quinta-feira para compensar emissões dos 1,4 milhão de carros de motoristas do serviço de transporte urbano por aplicativo nos Estados Unidos, investindo em projetos para reduzir outras fontes de gases causadores de efeito estufa, disse a empresa.
O movimento vem com a Lyft e a Uber, junto com startups de aluguel de scooters e compartilhamento de bicicletas, enfrentando críticas por ajudarem a piorar congestionamento de ruas e calçadas das cidades.
A Lyft vai comprar certificados de carbono para apoiar projetos como energia renovável e reflorestamento, no que afirma que vai equilibrar o impacto de carbono de cada quilômetro percorrido por carro que trabalha para a Lyft, incluindo a quilometragem percorrida para pegar um passageiro. Esse será um investimento multimilionário no primeiro ano e o custo aumentará à medida que a Lyft crescer.
"Isso, de certo modo, impõe um imposto sobre nós mesmos para continuarmos avançando em direção a corridas com menor emissão", disse o co-fundador e presidente do Lyft, John Zimmer.
A empresa se recusou a fornecer um valor preciso em dólares para o programa. Os motoristas da Lyft completaram 376 milhões de viagens em 2017, respondendo por mais de 1,6 bilhão de quilômetros, segundo a empresa.
A Lyft disse em comunicado que está trabalhando com a empresa ambiental 3Degrees, que fornece projetos de redução de carbono. A Lyft vai utilizar seus mais de 4 bilhões de dólares em financiamento de capital de risco para pagar pelos certificados de carbono.
Zimmer disse que o projeto assumiu um sentido de urgência potencializado desde que a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos amenizou os padrões de emissões veiculares da era Obama.
Os projetos iniciais de compensação de carbono financiados pelo Lyft incluem um esforço para reduzir a emissão de gases de efeito estufa de uma fábrica de autopeças em Michigan, usando materiais alternativos e reciclando óleo de transformador em Ohio.