Volkswagen já anunciou 18,2 bilhões de euros (19,6 bilhões de dólares) de provisões para cobrir os custos do "dieselgate" (foto/Getty Images)
Reuters
Publicado em 6 de fevereiro de 2017 às 14h48.
Última atualização em 6 de fevereiro de 2017 às 15h16.
Luxemburgo - Luxemburgo abriu um processo penal em resposta ao escândalo de emissões de diesel da Volkswagen, dizendo nesta segunda-feira que os reguladores foram enganados por montadoras.
Na esteira de uma investigação sobre o escândalo, o ministro de Infraestrutura do país europeu afirmou que vai apresentar uma queixa aos promotores, mas não nomeou qualquer das partes sob suspeição.
"Decidimos que, como há uma grande chance de um dispositivo fraudulento ter sido usado, vamos lançar uma ação judicial", disse o ministro François Bausch a jornalistas.
Em documentos entregues a repórteres, o Ministério de Infraestrutura de Luxemburgo descreveu-se como "vítima da ação criminal que o levou a certificar os carros", dizendo que não teria feito isso se os testes não tivessem sido fraudados.
Luxemburgo está entre as sete nações sob escrutínio de reguladores da União Europeia por não impor as mesmas sanções que a Volkswagen tem enfrentado nos Estados Unidos pelo uso de software ilegal para mascarar as emissões de diesel tóxicos.
A Volkswagen já anunciou 18,2 bilhões de euros (19,6 bilhões de dólares) de provisões para cobrir os custos do "dieselgate", nome pelo qual o escândalo ficou conhecido.
No entanto, seus problemas legais ainda não acabaram.
A distribuidora de peixe Deutsche See disse que está processando a empresa por apresentar uma frota de veículos alugados como amigáveis ao meio ambiente, tornando-se o primeiro grande cliente alemão a processar maior montadora da Europa pela fraude nos testes de diesel.