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Luiza Trajano comemora cota para mulheres em conselho de estatal

No Brasil, as mulheres ocupam menos de 7% das cadeiras nos conselhos de administração das empresas brasileiras

Luiza Trajano: presidente do Conselho do Magazine Luiza (Flavio Santana/Biofoto/Site Exame)

Luiza Trajano: presidente do Conselho do Magazine Luiza (Flavio Santana/Biofoto/Site Exame)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 11 de março de 2017 às 12h08.

São Paulo - A aprovação pelo Senado de cotas para mulheres em conselhos de estatais agradou a empresária Luiza Helena Trajano. Em seu Twitter, ela comemorou a decisão. “Gente, orgulho de ver que a CCJ do Senado aprovou as cotas pra mulheres nos conselhos de estatais!”

Em evento realizado esta semana em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, Luiza, que é presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza, afirmou que é necessário que haja um grande esforço no setor público e privado para promover a equidade de gênero.

“Antes, o domínio da sociedade era medido pela força física. Depois, passou a ser por quem tinha mais dinheiro. Mas atualmente quem tem o poder é quem tem conhecimento e faz acontecer. Eu não sou contra os homens, eu sou apenas a favor das mulheres. É a união das forças masculinas e femininas que faz a diferença”, afirmou segundo a Agência Senado.

O Projeto de Lei do Senado, aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, estabelece ao menos 10% das vagas dos conselhos de administração nas empresas públicas e sociedades.

Crescimento gradual

A proposta estabelece que as cotas serão ampliadas gradativamente. A ideia é que as mulheres possam ocupar 20% das vagas no conselho até 2022. A partir de 2022, a  exigência sobe para 30%.

A autora do projeto, senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE), com a aprovação o Brasil ficará em situação de paridade com outros países. Segundo ela, 22 países adotam este tipo de cota.

No Brasil, as mulheres ocupam menos de 7% das cadeiras nos conselhos de administração das empresas brasileiras. Ao excluir as herdeiras de empresas, o percentual cai para 3%.

A matéria agora segue para aprovação na Câmara dos Deputados.

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