Loja da TIM: analistas esperavam lucro líquido de R$ 459 milhões no período (Marc Hill/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 12 de fevereiro de 2015 às 21h19.
RIO DE JANEIRO - O lucro líquido da operadora de telecomunicações TIM Participações teve queda de 7,7 por cento no quarto trimestre, refletindo a continuidade do impacto da queda das receitas de interconexão e de SMS.
O lucro líquido da companhia foi de 460,3 milhões de reais no quarto trimestre, frente a 498,9 milhões no mesmo intervalo de 2013. Analistas ouvidos pela Reuters esperavam lucro líquido de 459 milhões de reais no período.
Em seu relatório de resultados, a empresa citou a forte desaceleração das receitas de interconexão (VU-M) decorrentes de redução regulatória, bem como das receitas de SMS, dado o crescimento dos serviços de mensagem baseados em aplicativos de smartphones. A receita líquida total da operadora controlada pela Telecom Italia foi de 5,17 bilhões de reais, queda de 0,3 por cento na comparação anual.
A receita líquida de serviços recuou 3,4 por cento ante o ano anterior, para 4,2 bilhões de reais. Excluindo os efeitos dos cortes de VU-M, a receita total líquida de serviços teria aumentado 0,5 por cento, para 4,36 bilhões de reais, disse a empresa.
A receita bruta de dados subiu 56 por cento no quarto trimestre ano a ano, enquanto o número de usuários de dados alcançou 45 por cento da base total (contra 36 por cento no quarto trimestre de 2013), para 33,8 milhões.
A margem Ebitda passou de 28,9 por cento no quarto trimestre de 2013 para 30,1 por cento no trimestre, com crescimento de 4 por cento do Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), para 1,56 bilhão de reais no período de outubro a dezembro.
O ARPU (receita média por usuário) atingiu 18 reais no período, redução de 6,3 por cento ano a ano, também afetado pelo corte da taxa de interconexão.
No quarto trimestre, os custos operacionais totalizaram 3,6 bilhões de reais, redução de 2 por cento.
CONSOLIDAÇÃO
O mercado trabalha com a possibilidade de consolidação no setor de telecomunicações brasileiro. Entre os cenários mais citados por especialistas, está uma compra da TIM pela Oi com Vivo e Claro, uma compra da Oi pela TIM ou uma fusão entre as duas empresas.
Em seu relatório, a TIM afirmou que "mais uma vez durante 2014, não permitimos que rumores e especulações infundadas sobre a consolidação do mercado brasileiro nos desviassem do foco na execução do nosso plano estratégico".
Apesar disso, a TIM declarou em seu relatório que o ano passado foi marcado por intensidade competitiva do setor, "que embora apresente sinais de maior racionalidade, continua a ser bastante alta com a presença de quatro grandes operadoras móveis".
"Tenho certeza de que iniciamos 2015 ainda mais fortes, prontos para seguir crescendo e conquistando mercado", disse o presidente-executivo da TIM, Rodrigo Abreu, em mensagem no relatório de resultados.