Sala de aula da Kroton: o Ebitda ajustado foi de 551,6 milhões de reais (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2015 às 09h06.
São Paulo - O lucro líquido ajustado da Kroton Educacional subiu 56,9 por cento no primeiro trimestre, com o controle mais rígido de custos e despesas compensando as mudanças no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), informou a companhia nesta terça-feira.
A Kroton teve lucro líquido ajustado de 455,3 milhões de reais entre janeiro e março, frente a 290,2 milhões de reais no mesmo período do ano passado.
Excluindo os ajustes de custos e despesas não recorrentes e de amortização do intangível, o lucro foi de 371,7 milhões de reais, avanço de 35,3 por cento ano contra ano. A previsão de analistas consultados pela Reuters era de lucro líquido de 388,5 milhões de reais.
O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou 551,6 milhões de reais, crescimento de 66,3 por cento ano contra ano.
Segundo a empresa, o desempenho do período foi fruto de maior eficiência operacional e controle rígido de custos e despesas.
"Em relação a custos e despesas, o desafio foi fazer ajustes sem comprometer a qualidade de ensino e os projetos de crescimento", disse a empresa.
"A revisão de custos teve como foco o aumento de eficiência no processo de abertura de turmas (classes) novas. Em relação às despesas, as prioridades do ajuste foram as estruturas corporativas e administrativas nas unidades", completou.
A receita líquida atingiu 1,29 bilhão de reais, crescimento de 91,1 por cento na comparação anual devido à incorporação dos números da empresa adquirida Anhanguera, mas também devido ao crescimento orgânico do ensino superior, disse a Kroton.
"O cenário enfrentado ao longo do primeiro trimestre de 2015 foi bastante desafiador, com mudanças nas regras do programa Fies, com destaque para a limitação de vagas a novos alunos", disse a Kroton em seu relatório de resultados.
"Definimos na Kroton duas grandes prioridades: mitigar os impactos em receita decorrente da restrição de crédito público e reestruturar a companhia, ajustando custos e despesas para garantir os resultados e margens previstos antes da restrição de crédito", declarou.
A base total de alunos de ensino superior chegou a 1,11 milhão, crescimento de 12,8 por cento contra o trimestre imediatamente anterior.
Ao final do primeiro trimestre, a companhia teve 255.755 alunos matriculados com contratos do Fies, queda de 1,2 por cento em relação ao trimestre anterior, decorrente, principalmente, da restrição do número de contratos oferecidos para novos alunos no processo de captação do primeiro semestre do ano.
Reportagem atualizada às 9h06