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Lucro líquido da BR Distribuidora cresce 177,4% e atinge R$ 3,2 bi

Avanço, segundo a BR Distribuidora, decorre do incremento nos preços médios de venda

BR Distribuidora apresentou lucro líquido no quarto trimestre de 2018 de R$ 1,605 bilhão (Divulgação/Divulgação)

BR Distribuidora apresentou lucro líquido no quarto trimestre de 2018 de R$ 1,605 bilhão (Divulgação/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de fevereiro de 2019 às 10h47.

Última atualização em 26 de fevereiro de 2019 às 10h47.

São Paulo - A BR Distribuidora apresentou lucro líquido no quarto trimestre de 2018 de R$ 1,605 bilhão, crescimento de 202,3% na comparação com os R$ 531 milhões reportados em igual período de 2017. No ano, o lucro líquido foi de R$ 3,193 bilhões, alta de 177,4%.

De acordo com a empresa, em balanço divulgado na manhã desta terça-feira, 26, a alta é sustentada sobretudo por eventos ocorridos no trimestre, como a remensuração do valor justo dos Instrumentos de Confissão de Dívidas (ICD's) devido às privatizações das Centrais Elétricas de Rondônia, à Boa Vista Energia e à Eletroacre, distribuidoras de energia elétrica subsidiárias da Eletrobras, que "foram privatizadas e apresentaram garantias firmes para tais recebíveis".

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da empresa no trimestre foi de R$ 646 milhões, queda de 26,8% na comparação com os R$ 883 milhões em igual trimestre de 2017. No ano, o Ebitda foi de R$ 2,56 bilhões, queda de 16,6%. A empresa explicou que as bases foram normalizadas para que seja possível analisar o indicador sem os efeitos não recorrentes - como o aumento das alíquotas de PIS/Cofins em 2017, que gerou uma valorização dos estoques, e a greve dos caminhoneiros, em maio de 2018, que levou a uma redução no preço do diesel por meio da medida adotada pelo Governo Federal.

"Portanto, o Ebitda Ajustado reportado em base normalizada para o período de 2018 seria de R$ 2,795 bilhões (ou R$ 67/m3) em comparação com um Ebitda de R$ 2,898 bilhões (ou R$ 67/m3) no período de 2017, se mantendo estável", apontou a companhia.

Já a receita líquida no trimestre foi de R$ 25,219 bilhões, acréscimo de 8,7% em comparação com o quarto trimestre de 2017. No ano, a receita foi de R$ 97,7 bilhões, alta de 15,6%. O avanço, segundo a BR Distribuidora, decorre do incremento nos preços médios de venda.

Volume de vendas

O volume de vendas da rede de postos da BR Distribuidora no quarto trimestre de 2018 atingiu 5,85 milhões de metros cúbicos, leve alta de 0,2% na comparação com igual trimestre de 2018 e avanço de 2% ante o período imediatamente anterior.

De acordo com a empresa, o resultado foi influenciado principalmente por uma maior venda de diesel na comparação com o terceiro trimestre de 2018 e pela alteração no mix do ciclo otto, com maior participação do etanol na comparação com ambos os trimestres.

A receita líquida do segmento de postos foi de R$ 15,1 bilhões no quarto trimestre do ano passado, aumento de 7,2% na comparação com igual período do ano anterior, reflexo dos maiores preços médios dos produtos.

Já as despesas operacionais do segmento totalizaram R$ 343 milhões no trimestre, queda de 23,4% ante o terceiro trimestre de 2018, "em função de menores provisões relacionadas a clientes e redução nos custos de frete." Em relação ao quarto trimestre de 2017, as despesas operacionais foram reduzidas em 5,5%, "em função de menores gastos com fretes, despesas gerais, pessoal e provisões relacionadas a clientes", apontou a empresa.

Segmento de aviação

O volume de vendas da BR Distribuidora no segmento de aviação apresentou queda de 7,2% na comparação do quarto trimestre de 2018 ante o período imediatamente anterior, para 947 mil metros cúbicos. O recuo, segundo a empresa, reflete a "eliminação de operações pouco rentáveis, expressiva redução de volume de um cliente do portfólio e renegociações contratuais. Já ante o quarto trimestre de 2017, a queda foi de 3,9%, reflexo do reposicionamento da empresa no segmento.

As despesas operacionais no trimestre atingiram R$ 181 milhões, um aumento de 57,4% em relação ao trimestre imediatamente anterior, e um incremento de 65,5% na comparação com o trimestre equivalente de 2017, principalmente devido ao maior provisionamento de clientes no período, na ordem de R$ 50 milhões.

O Ebitda ajustado do segmento no ano foi de R$ 393 milhões (ou R$ 100/m³) no acumulado de 2018 contra R$ 272 milhões (ou R$ 72/m³) no acumulado de 2017, um acréscimo de 44,5%.

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