Patricia Woertz, CEO da Archer Daniels Midland , a ADM (Alex Gallardo/Reuters)
Da Redação
Publicado em 30 de outubro de 2012 às 10h37.
A companhia de agronegócio Archer Daniels Midland (ADM) informou nesta segunda-feira lucro líquido de US$ 182 milhões no primeiro trimestre fiscal, ou 28 centavos por ação, queda de 60,4% os ante os US$ 460 milhões, ou 68 centavos por ação, obtidos em igual período do ano fiscal passado.
O lucro ajustado por ação foi 50 centavos, o que, segundo a companhia, reflete despesas não recorrentes de 16 centavos por papel referentes à alienação da empresa Gruma.
Em comunicado ao mercado, a CEO da ADM, Patricia Woertz, destacou que os resultados de cada segmento foram diversos. "O desempenho da divisão de oleaginosas foi forte, a indústria de etanol registrou margens negativas e os serviços agrícolas se saíram bem em um trimestre complicado, desafiado pela seca", apontou a executiva, se referindo aos prejuízos causados pela estiagem às lavouras de vários países, inclusive dos Estados Unidos.
A receita com vendas e outras operações caiu de US$ 21,902 bilhões para US$ 21,808 bilhões. Já o custo dos produtos vendidos aumentou de US$ 20,868 bilhões para US$ 21,002 bilhões. O lucro da operação de processamento de oleaginosas foi de US$ 336 milhões, ante US$ 220 milhões em igual trimestre do ano fiscal anterior.
A companhia atribuiu o aumento às melhorias no negócio de originação e esmagamento em todas as regiões onde atua. A operação de processamento de milho teve lucro de US$ 68 milhões, queda de US$ 115 milhões em relação a igual período do ano fiscal passado. Segundo a empresa, a continuidade das margens negativas no segmento de etanol contrabalançou a melhoria dos resultados de adoçantes e amidos.
O lucro da operação de serviços agrícolas caiu de US$ 323 milhões para US$ 78 milhões na mesma base de comparação. Conforme a companhia, safras menores reduziram os resultados das operações de comercialização e movimentação da ADM nos EUA. Segundo Patricia, a perspectiva para o longo prazo é otimista e a empresa projeta crescimento contínuo na demanda global por alimentos com proteína e outros produtos agrícolas.
"Ao olhamos para 2013, estamos colocando em funcionamento nossa unidade de processamento de soja no Paraguai, em um momento em que os produtores sul-americanos estão respondendo às condições de mercado com plantio recorde, e implementando iniciativas para enfrentar a oferta apertada nos Estados Unidos", salientou a executiva.