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Lucro inesperado alivia Volks após disputa na administração

Quatro dias após a saída de Piech numa disputa com seu presidente-executivo, a maior montadora da Europa divulgou uma alta de 17 por cento no lucro trimestral


	Martin Winterkorn: analistas ficaram particularmente aliviados com sinais de progresso na estratégia de produção modular do grupo
 (Getty Images)

Martin Winterkorn: analistas ficaram particularmente aliviados com sinais de progresso na estratégia de produção modular do grupo (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2015 às 11h08.

Berlim - Cortes de custos e a melhora no mercado automotivo europeu ajudaram a Volkswagen a superar projeções de lucro do primeiro trimestre, aliviando a pressão sobre a administração após a chocante saída do antigo presidente do Conselho, Ferndinand Piech.

Quatro dias após a saída de Piech numa disputa com seu presidente-executivo, a maior montadora da Europa divulgou uma alta de 17 por cento no lucro trimestral e o primeiro aumento trimestral nos lucros em sete anos na divisão espanhola Seat.

O lucro operacional alcançou 3,33 bilhões de euros, disse a Volkswagen nesta quarta-feira, perto do teto das projeções numa pesquisa da Reuters com analistas e bem acima da estimativa média de 3,12 bilhões de euros.

Com Piech levantando dúvidas sobre a capacidade do presidente-executivo, Martin Winterkorn, de implementar melhoras na VW, analistas ficaram particularmente aliviados com sinais de progresso na estratégia de produção modular do grupo, que visa usar componentes comuns numa ampla variedade de modelos.

"Estes são bons números", disse Juergen Pieper da Bankhaus Metzler.

"A estratégia de produção modular está progredindo e os fatores favoráveis podem aumentar no decorrer do ano", disse, citando efeitos cambiais positivos e economias de custo na marca principal, VW.

Os lucros foram impulsionados pela recuperação econômica que se fortalece na Europa -- destino de 40 por cento das vendas de automóveis do grupo -- e pelo progresso no esforço na marca VW para cortar custos em 5 bilhões de euros ao ano até 2017.

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