Santander: banco obteve lucro global na primeira metade do ano de US$ 3,68 bilhões (Leon Neal/AFP)
Da Redação
Publicado em 31 de julho de 2014 às 12h55.
Madri - O Banco Santander lucrou na América Latina US$ 2,02 bilhões até junho de 2014, 16,2% a menos do que um ano antes, por conta do menor impulso de países-chave como o Brasil e México e a desvalorização de algumas moedas com relação ao euro.
A informação foi divulgada nesta quinta-feira pelo grupo Botín, que obteve um lucro global na primeira metade do ano de US$ 3,68 bilhões, 22,2% a mais pela melhora de ingressos e as menores dotações.
No conjunto da região, os depósitos de clientes reduziram 3,3%, até US$ 171 bilhões, enquanto o crédito cresceu 0,3%, até US$ 182,3 bilhões e a inadimplência reduziu até 5,03%.
No entanto, houve uma evolução diferente nos países, de modo que no Brasil os depósitos e os créditos em moeda local cresceram 4% e 2,7%, respectivamente, enquanto no México os créditos subiram 13,6% e os depósitos caíram 2,7%.
Todas as margens de negócio se reduziram, a de juros, 13,6%, até US$ 9,15 bilhões, e o bruto (antigamente conhecido como ordinário) 15,3%, até US$ 12,3 bilhões, influenciado pela taxa de câmbio, pois caso contrário teriam aumentado 2,3% e 0,4%, respectivamente.
A margem líquida (antes de exploração e a que melhor reflete o negócio puro bancário) contraiu 18,2%, até US$ 7,2 bilhões, igualmente afetado pela desvalorização das divisas locais.
O gigante brasileiro foi de novo o país que mais forneceu os resultados da área com diferença, ao conseguir um lucro líquido de US$ 1,01 bilhão, 17,5% a menos que um ano antes. E se o real não tivesse perdido valor frente ao euro, a queda anualizado seria de 2,5% apesar dos maiores impostos.
Atrás se situou México, onde o Santander ganhou US$ 411 milhões, 30,4% a menos. Sem o efeito da taxa de câmbio o descenso teria sido de 24%.
Depois aparecem Chile, país no qual o grupo conseguiu um lucro de US$ 341 milhões, 27,1% a mais; Argentina, com US$ 180 milhões, 18,4% a menos; e Uruguai, com US$ 33 milhões, 10,3% a menos.
Além da América Latina, a presença do Santander na América inclui seus negócios nos Estados Unidos, onde o antigo Sovereign, rebatizado já como Santander EUA obteve um lucro de US$ 476 milhões, 25,1% a menos que no primeiro semestre de 2013.