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Lucro do Morgan Stanley cresce 74% e supera estimativas

Lucro aplicável aos acionistas subiu para 1,84 bilhão de dólares nos três meses encerrados em 31 de março

Morgan Stanley: resultados do banco contrastavam com os do principal rival Goldman Sachs (Mario Tama)

Morgan Stanley: resultados do banco contrastavam com os do principal rival Goldman Sachs (Mario Tama)

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Reuters

Publicado em 19 de abril de 2017 às 09h57.

O Morgan Stanley divulgou nesta quarta-feira um salto de 74 por cento no lucro trimestral, superando estimativas de analistas, conforme a receita com negociação de títulos dobrou seguindo as altas de juros pelo Federal Reserve.

O lucro aplicável aos acionistas subiu para 1,84 bilhão de dólares nos três meses encerrados em 31 de março, ante 1,06 bilhão de dólares um ano antes, enquanto o lucro por ação subiu para 1 dólar ante 0,55 dólar.

Analistas em média esperavam um lucro de 0,88 dólar por ação, de acordo com estimativas da Thomson Reuters I/B/E/S.

A receita líquida subiu 25 por cento, para 9,75 bilhões de dólares superando a previsão média de 9,27 bilhões de dólares.

A receita nas operações de mercado em renda fixa do banco subiu para 1,7 bilhão de dólares, ante 873 milhões de dólares, o melhor trimestre para o negócio em dois anos. A receita com operações com ações, no entanto, caiu de 2,1 bilhões para 2 bilhões de dólares.

Os resultados do banco contrastavam com os do principal rival Goldman Sachs, a única instituição entre os grandes bancos de Wall Street a ter relatado uma queda na receita em operações de mercado (trading).

A negociação de títulos permaneceu forte em Wall Street durante o trimestre, com os investidores mudando suas posições em torno dos aumentos das taxas de juros.

O Fed elevou os juros duas vezes em um período de três meses - uma vez em dezembro e depois em março. Eleições na Europa e o progresso da Grã-Bretanha para deixar a União Europeia também estimularam os negócios.

O Morgan Stanley também atingiu um marco chave em uma métrica de rentabilidade - o retorno sobre o patrimônio (ROE, na sigla em inglês). O ROE do banco foi de 10,7 por cento no trimestre, em linha com a meta do presidente-executivo James Gorman de 9 a 11 por cento até o final de 2017.

"Nós relatamos um dos nossos trimestres mais fortes nos últimos anos. Todos os nossos negócios tiveram um bom desempenho em melhores condições de mercado", disse Gorman em um comunicado.

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