Plataforma P-62, da Petrobras: resultados ruins também da estatal brasileira Petrobras mostraram que a situação não se limita ao setor privado (Yasuyoshi Chiba/AFP)
Da Redação
Publicado em 4 de fevereiro de 2014 às 13h00.
Nova York - A temporada de balanços do quarto trimestre do ano passado está quase terminando e as maiores companhias de petróleo do mundo não mostraram bons resultados. Somados, os lucros de ExxonMobil, Chevron, Royal Dutch Shell, BP e ConocoPhillips foram de cerca de US$ 19 bilhões.
A britânica BP informou nesta terça-feira, 4, que teve lucro de US$ 1 bilhão no quarto trimestre de 2013, uma queda de 33% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O lucro nos negócios de refino caiu 95% e, embora a empresa tenha encontrado mais petróleo do que produziu, a rentabilidade diminuiu.
Os custos do setor de petróleo estão em alta e provavelmente vão continuar subindo, enquanto a produção permanece em baixa.
A ExxonMobil gastou mais dinheiro, mas extraiu menos petróleo e gás natural no ano passado e seu lucro caiu quase um terço. A Chevron também produziu menos e se comprometeu a gastar menos no próximo ano. A petrolífera britânica Royal Dutch Shell anunciou que teve lucro líquido 71% menor e suspendeu projetos no Ártico.
Resultados ruins também da estatal brasileira Petrobras mostraram que a situação não se limita ao setor privado.
Por causa da queda na produção dos campos, dos baixos preços do gás natural nos Estados Unidos, dos conflitos em regiões perigosas, dos atrasos em projetos caros e das crescentes pressões de custo, as grandes empresas do setor não conseguiram obter os lucros que o preço do petróleo em consistente alta poderia gerar.
A ConocoPhillips contrariou a tendência, mas apenas porque vendeu US$ 7 bilhões em ativos, pois sua receita e produção vieram baixas no trimestre. Outras empresas continuam com uma estratégia de desinvestimento, mais notavelmente a Shell. No entanto, apesar de sempre parecer que há compradores chineses interessados, isso não resolverá os problemas no longo prazo. Fonte: Dow Jones Newswires.