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Lucro da Walt Disney cai para US$ 2,37 bi no 3º trimestre fiscal

Com os ganhos trimestrais, a maior empresa de entretenimento do mundo informou que vai encerrar a parceria com a Netflix

Disney: no mesmo período do ano passado, o lucro da companhia havia sido 5% maior, de US$ 1,59 por ação (Kiyoshi Ota/Bloomberg)

Disney: no mesmo período do ano passado, o lucro da companhia havia sido 5% maior, de US$ 1,59 por ação (Kiyoshi Ota/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de agosto de 2017 às 21h31.

São Paulo - A Walt Disney informou nesta terça-feira que seu lucro líquido caiu para US$ 2,37 bilhões, ou US$ 1,51 por ação, no terceiro trimestre fiscal, encerrado em 1º de julho.

No mesmo período do ano passado, o lucro da companhia havia sido 5% maior, de US$ 1,59 por ação. No mesmo período, a Disney teve receita de US$ 14,25 bilhões, abaixo do esperado por analistas consultados pela FactSet, de US$ 14,46 bilhões.

Juntamente com os ganhos trimestrais, a maior empresa de entretenimento do mundo informou que lançará um serviço de streaming da ESPN no ano que vem e um serviço, em 2019, de entretenimento, encerrando a parceria com a Netflix depois de 2018.

A ESPN afirmou que compraria mais de 42% da plataforma de streaming BAMTech por US$ 1,58 bilhão, depois de comprar um terço da empresa por US$ 1 bilhão no ano passado.

"Essa aquisição e o lançamento de nossos serviços direto para os consumidores marcam uma estratégia de crescimento totalmente nova para a empresa", afirmou o presidente-executivo (CEO) da Walt Disney, Robert Iger.

O movimento da Disney representa uma aposta que, a longo prazo, será mais lucrativa para a companhia vender seu conteúdo de entretenimento, que inclui algumas das histórias e personagens mais valiosas de Hollywood.

Nos últimos anos, a companhia dominou a indústria cinematográfica, devido à franquia Star Wars e a filmes dos estúdios Pixar e Marvel.

O novo serviço da marca Disney irá exibir filmes lançados pela companhia a partir de 2019, incluindo "Toy Story 4" e "Frozen 2", informou a empresa nesta terça-feira. Iger comentou, durante teleconferência com analistas, que o serviço de streaming seria oferecido primeiro nos EUA antes de uma expansão internacional. Eventualmente, indicou, os títulos mais antigos da Disney serão adicionados ao serviço. O preço não foi determinado e ele deixou aberta a possibilidade de serviços separados para o conteúdo Star Wars e Marvel.

A avaliação da Disney de seguir o caminho do streaming foi tomada após uma avaliação prejudicial do sistema tradicional de TV paga, visto nas assinaturas que incluem o canal ESPN. A receita operacional nesse segmento, que abriga a ESPN, recuou 23% no terceiro trimestre fiscal, mais fraca que a queda de 21% prevista pelos analistas consultados pela Factset.

As questões envolvendo as perdas da ESPN deixaram de lado o retorno bem sucedido da franquia Star Wars, o sucesso de filmes como "A Bela e a Fera" e a abertura do Shanghai Disney Resort.

Às 20h55 (de Brasília), as ações da Walt Disney recuavam 3,86%, no after hours em Nova York. Já os papéis da Netflix perdiam 3,02%. (Com Dow Jones Newswires)

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