Negócios

Lucro da Vale cai 18,3% no terceiro trimestre

A geração de caixa medida pelo Ebitda ajustado da mineradora brasileira ficou em US$ 9,631 bilhões no período, alta de 9,3% sobre igual intervalo do exercício anterior

Esse foi o primeiro trimestre completo com Murilo Ferreira no comando da mineradora (Divulgação)

Esse foi o primeiro trimestre completo com Murilo Ferreira no comando da mineradora (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2011 às 18h28.

São Paulo - O lucro líquido da Vale no terceiro trimestre do ano foi de US$ 4,935 bilhões, uma queda de 18,3% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. A geração de caixa medida pelo Ebitda ajustado da mineradora brasileira ficou em US$ 9,631 bilhões no período, alta de 9,3% sobre igual intervalo do exercício anterior. Já a receita líquida atingiu US$ 16,741 bilhões no período, um avanço de 15,5% em relação ao terceiro trimestre de 2010. No padrão IFRS, o lucro caiu 25,2%, para R$ 7,893 bilhões.

Apesar do cenário de incertezas no mercado internacional - que nas últimas semanas começou a levar para baixo o preço do minério de ferro no mercado spot (à vista) -, a Vale seguiu beneficiada no terceiro trimestre pelo preço ainda elevado da matéria-prima. Assim, o cenário de aperto entre oferta e demanda do insumo foi preponderante no desempenho da companhia.

Esse foi o sexto trimestre em que os preços contratuais do minério foram reajustados pelo modelo trimestral, que entrou em vigor em 1º de abril do ano passado. O cálculo do reajuste que vigorou no período de julho a setembro de 2011 foi feito a partir da média das cotações do mercado spot da China entre os meses de março e maio, levando-se em conta fatores como qualidade do minério e frete. Desde a adoção do novo sistema, o único reajuste negativo foi o fechado para o quarto trimestre de 2010. Para o terceiro trimestre, o modelo apontou estabilidade em relação ao segundo trimestre do ano.

Esse foi o primeiro trimestre completo com Murilo Ferreira no comando da mineradora. O executivo substituiu em maio Roger Agnelli, que ficou no cargo mais alto da Vale por dez anos. Uma das mudanças da nova gestão será verificada amanhã, quando a companhia realizará três teleconferências para comentar os seus resultados: duas para analistas (português e inglês) e uma para a imprensa. Antes a Vale promovia apenas um encontro telefônico: para analistas, em inglês.

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