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Lucro da Thomson Reuters cai por custos de rescisão

Lucro operacional caiu 7 % no primeiro trimestre, com custos de rescisão e queda da receita em sua unidade Financial & Risk, que atende ao mercado financeiro


	Excluindo encargos com rescisão, o lucro do primeiro trimestre superou as expectativas de Wall Street, ajudado pela redução das despesas operacionais em 8 %
 (Getty Images)

Excluindo encargos com rescisão, o lucro do primeiro trimestre superou as expectativas de Wall Street, ajudado pela redução das despesas operacionais em 8 % (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2013 às 16h50.

A Thomson Reuters divulgou nesta terça-feira queda de 7 % no lucro operacional do primeiro trimestre, com custos de rescisão e queda da receita em sua unidade Financial & Risk, que atende a clientes do mercado financeiro.

As ações da empresa de notícias e informações caíam 1,3 % em Nova York, mesmo após a Thomson Reuters ter mantido sua previsões para o ano. A companhia reafirmou sua perspectiva de crescimento da receita em 2013 na faixa mínima de um dígito.

"Temos visto melhora nas tendências de vendas nos últimos trimestres", disse em entrevista o presidente-executivo da Thomson Reuters, James Smith.

Excluindo encargos com rescisão, o lucro do primeiro trimestre superou as expectativas de Wall Street, ajudado pela redução das despesas operacionais em 8 %.

A receita consolidada ficou em linha com as projeções de analistas, subindo 2 % antes de variações cambiais, para 3,1 bilhões de dólares, graças ao desempenho das divisões Legal e Tax & Accounting.

"A boa notícia é que eles estão adiantados nos planos de economias de custos", disse o analista Claudio Aspesi, da Sanford Bernstein & Co. "Ao mesmo tempo, a receita está mostrando fundamentalmente pouco progresso", acrescentou.

A Thomson Reuters compete por clientes financeiros principalmente contra a Bloomberg e também tem como rivais globais a Dow Jones (da News Corp), a FactSet Research Systems e o Interactive Data Corp.

A indústria bancária tem reduzido custos e pessoal, colocando pressão sobre as companhias que fornecem serviços e produtos para o setor financeiro.

"Nós pelo menos estancamos a perda de participação de mercado", disse Smith em teleconferência com analistas. "Estamos em uma posição muito competitiva." A Bloomberg mantém uma ligeira vantagem no mercado global de dados de análise, segundo informações de 2012, com 30 % de participação contra 29 % da Thomson Reuters, de acordo com a Burton-Taylor International Consulting.


As vendas líquidas, que consideram novos contratos menos cancelamentos, são uma importante métrica para a companhia. Smith disse que as vendas líquidas na divisão Financial & Risk ainda estão no caminho de voltarem a ser positivas na segunda metade do ano. O efeito disso na receita leva cerca de 12 meses para ser notado.

No começo deste ano, a Thomson Reuters disse que teria custos de 100 milhões de dólares relacionados a cerca de 2.500 demissões. A companhia já gastou 78 milhões de dólares com isso, além de ter registrado um encargo tributário de 235 milhões de dólares no primeiro trimestre.

Terminais financeiros

A Thomson Reuters foi originada pela compra da Reuters pela Thomson Corp por 17 bilhões de dólares em 2008, que coincidiu com a crise financeira global.

A companhia está se reestruturando e o lançamento prematuro de seu principal produto para o mercado financeiro, o terminal Eikon, adicionou desafios ao grupo.

No fim do primeiro trimestre, havia perto de 47 mil terminais Eikon instalados no mundo, alta de 38 % sobre dezembro. Entre o terceiro e o quarto trimestres de 2012, o total de unidades do Eikon tinha subido 33 %.

A receita na divisão Financial & Risk, após a subtração de aquisições, desinvestimentos e variações cambiais, caiu 3 % no primeiro trimestre. Isso porque a unidade teve vendas negativas devido a cancelamentos de assinaturas em 2012, segundo a empresa.

Por região, a Thomson Reuters teve nas Américas o melhor desempenho para seus produtos financeiros, onde a receita subiu 2 %. Na Europa, no Oriente Médio e na África o faturamento caiu 3 %, enquanto na Ásia houve redução de 2 %.

A divisão Legal, que fornece produtos e serviços para advogados, teve alta de 4 % na receita, para cerca de 800 milhões de dólares.

Em base líquida, a Thomson Reuters teve prejuízo de 0,04 dólar por ação, contra lucro de 0,35 dólar por ação um ano antes. Em base ajustada, a companhia registrou lucro de 0,38 dólar por ação, contra estimativa média de analistas de 0,32 dólar por ação.

As ações da Thomson Reuters atingiram a máxima do ano na Bolsa de Valores de Nova York na segunda-feira, a 33,74 dólares.

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