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Lucro da Suzano dispara no 4º tri e aumenta 308,5%

Companhia concluiu a fusão com a rival Fibria no mês passado e anunciou resultado líquido de R$ 1,462 bilhão

Suzano: Lucro da empresa subiu com alta do preço médio da celulose (Germano Lüders/Reuters)

Suzano: Lucro da empresa subiu com alta do preço médio da celulose (Germano Lüders/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de fevereiro de 2019 às 21h13.

Última atualização em 21 de fevereiro de 2019 às 21h27.

São Paulo - A Suzano multiplicou por quatro o lucro no quarto trimestre, apoiada na combinação de queda do dólar frente ao real e no aumento dos preços internacionais da celulose, mais do que compensando a queda no volume de vendas.

A companhia, que no mês passado concluiu a fusão com a rival Fibria, anunciou nesta quinta-feira um lucro líquido de outubro a dezembro de 1,462 bilhão de reais, um salto de 308,5 por cento contra um ano antes.

O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou 1,595 bilhão de reais no trimestre, alta de 11,9 por cento. A margem Ebitda subiu 4,1 pontos percentuais, a 49,4 por cento.

A receita líquida da companhia subiu apenas 2,8 por cento ano a ano, para 3,23 bilhões de reais, já que o volume de vendas de celulose caiu 32,3 por cento, para 645 mil toneladas.

"A redução das vendas é explicada pela reconstrução dos nossos estoques após meses de operação abaixo do nível normal e em função do cenário do mercado chinês nos meses de novembro e dezembro", afirmou a Suzano no relatório.

O preço médio em dólar da celulose vendida, porém, cresceu 11,4 por cento, acompanhando o mercado internacional, mais do que compensando a queda nos volumes.

O custo caixa consolidado de produção de celulose foi de 681 reais por toneladas sem parada e de 736 toneladas com parada. Segundo a Suzano, o aumento de 10 por cento na comparação com o quarto trimestre de 2017 foi reflexo principalmente do menor resultado com a venda da energia e menor diluição de custos fixos.

Em outra frente, a empresa viu um aumento de 46,5 por cento das despesas totais, para 441,1 milhões de reais, refletindo em parte os gastos ligados à combinação de ativos com a Fibria.

Por outro lado, o resultado financeiro foi positivo em cerca de 1,25 bilhão de reais, após ter sido negativo em 736 milhões de reais um ano antes, como resultado da queda do dólar contra o real.

A Suzano informou que neste primeiro trimestre estão programadas para manutenção as Unidades de Suzano (SP), Limeira (SP) e a Linha 2 da Unidade de Mucuri (BA).

A empresa comunicou separadamente que seu conselho de administração aprovou a distribuição de 600 milhões de reais em dividendos relativos a 2018.

 

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