São Paulo - A Suzano Papel e Celulose encerrou o primeiro trimestre com queda de cerca de 42 por cento no lucro líquido sobre o resultado obtido um ano antes e abaixo da expectativa do mercado, impactada por variação cambial sobre dívida, redução no volume de vendas e aumento de custos.

A empresa fechou o período com lucro de 42 milhões de reais, uma queda de 41,6 por cento ante igual período de 2012 e abaixo da expectativa de 88,2 milhões de reais segundo a média de previsões de cinco analistas apurada pela Reuters.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) totalizou 327 milhões de reais no período, um aumento de 37,4 por cento na mesma base de comparação e praticamente em linha com a estimativa média dos analistas, de 326 milhões de reais. A margem Ebitda passou de 23 para 27,9 por cento.

O crescimento do Ebitda teve impacto positivo do aumento nos preços de papel e celulose, mas a queda nas vendas totais e aumento dos custos de produtos vendidos impediram um crescimento mais forte.

A receita líquida cresceu 13,2 por cento, totalizando 1,174 bilhão de reais.

As vendas de celulose da empresa caíram 1,5 por cento no período, enquanto as de papel recuaram 2,6 por cento, ambas na comparação com os três primeiros meses de 2012.

A Suzano ressaltou que a parada programada em uma linha na unidade de Mucuri elevou custos que, aliado ao aumento de preços de madeira e outros insumos elevou o custo dos produtos vendidos em 4,4 por cento.

A empresa destacou também a manutenção de seu nível de endividamento ante o último trimestre de 2012 em 5 vezes a dívida líquida pelo Ebitda. Em março do ano passado, essa relação estava em 4,8 vezes.

A dívida líquida da empresa ficou em 6,794 bilhões de reais no primeiro trimestre deste ano, alta de 18,5 por cento na comparação com igual período do ano anterior.

A Suzano confirmou a estimativa de investimentos para 2013 em 3 bilhões de reais, sendo 2,3 bilhões na construção de fábrica de celulose no Maranhão, 558 milhões em manutenção das operações, e 148 milhões em melhoria operacional.