SulAmérica: de janeiro a junho, o lucro líquido após participação de não controladores somou R$ 224,9 milhões (Luis Ushirobira)
Da Redação
Publicado em 31 de julho de 2015 às 17h50.
São Paulo - A seguradora SulAmérica registrou lucro líquido após participação de não controladores de R$ 123,5 milhões no segundo trimestre deste ano, cifra 130,4% maior que a registrada em igual intervalo de 2014, de R$ 53,6 milhões.
Na comparação trimestral, subiu 21,8%.
De janeiro a junho, o lucro líquido após participação de não controladores somou R$ 224,9 milhões, 67,5% maior que o visto em um ano, de R$ 134,3 milhões.
O desempenho da SulAmérica, de acordo com o diretor vice-presidente de Controle e Relações com Investidores da seguradora, Arthur Farme d'Amoed Neto, reflete a melhora do desempenho operacional ainda que pese um cenário adverso na economia, com um Produto Interno Bruto (PIB) que não será "brilhante" e ainda aumento do desemprego.
"O segundo trimestre da SulAmérica reflete uma operação sólida, bem fundamentada, crescendo e com um resultado melhor que vem sendo construído nos últimos trimestres. O fato de a indústria ter baixo grau de penetração no Brasil amortece os efeitos macroeconômicos", avaliou ele, em entrevista à reportagem.
A SulAmérica combinou, conforme o executivo, prêmios em alta e sinistralidade em queda no segundo trimestre.
De abril a junho, o total de prêmios, receitas e arrecadações foi a R$ 4,278 bilhões, aumento de 2,1% em um ano e de 4,3% no trimestre. No semestre, cresceram 1,9%, para R$ 8,224 bilhões.
Segundo d'Amoed Neto, os prêmios devem apresentar comportamento distinto em termos de expansão ao longo do segundo semestre.
Ele não vê, porém, fatores que alterem a política de preços da companhia e ressalta que o foco segue sendo a rentabilidade.
No segundo trimestre, os destaques de crescimento foram automóveis (14,6%) e saúde e odontológico (14,1%) que, juntos, respondem por cerca de 90% dos prêmios da seguradora.
O índice de sinistralidade da SulAmérica encerrou junho em 75,6%, abaixo dos 77,5% vistos em março e do indicador registrado no mesmo intervalo do ano passado, de 79,0%.
A melhora reflete, conforme o vice-presidente da seguradora, o trabalho de subscrição (análise e aceitação de risco) da companhia que tem priorizado apólices de menor risco.
A SulAmérica registrou no segundo trimestre índice combinado, que mede a eficiência operacional da seguradora, de 99,8%, abaixo dos 101,1% registrados nos três meses anteriores.
Em um ano, a melhora chegou a 3,3 pontos porcentuais. Sem mencionar os números que a seguradora mira para a segunda metade de 2015, d'Amoed Neto diz que um índice combinado abaixo de 100% está em linha com o plano da companhia.
Quanto menor, melhor. Acima de 100%, indica prejuízo da operação.