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Lucro da Natura tem queda de 48% no 3º trimestre

A fabricante brasileira de cosméticos anunciou que teve lucro líquido de R$ 68,6 milhões em meio a investimentos e despesas com a compra da rival Avon

Sede da Natura, em São Paulo: empresa divulgou balanço nesta quarta-feira (13) (Germano Lüders/Exame)

Sede da Natura, em São Paulo: empresa divulgou balanço nesta quarta-feira (13) (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 13 de novembro de 2019 às 19h27.

Última atualização em 13 de novembro de 2019 às 19h49.

São Paulo — A Natura teve lucro e resultado operacional abaixo das estimativas de analistas no terceiro trimestre, em meio a maiores investimentos e despesas não recorrentes com a compra da rival Avon.

A fabricante brasileira de cosméticos anunciou nesta quarta-feira que teve lucro líquido de 68,6 milhões de reais no período, queda de 48,4% ante mesma etapa de 2018 e bem abaixo da previsão média de analistas compilada pela Refinitiv, de 145,6 milhões de reais.

Já o resultado medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de 398,9 milhões de reais entre julho e setembro, declínio de 17,4% ano a ano e menor do que os 480,3 milhões de reais da pesquisa Refinitiv.

A receita líquida consolidada da companhia subiu 7,2% no comparativo ano a ano, para 3,47 bilhões de reais, segundo a Natura, apesar do cenário desfavorável no Brasil e em Hong Kong, palco de prolongados protestos anti-China, que impactaram os negócios das marcas The Body Shop e Aesop.

Na outra ponta, as despesas financeiras líquidas foram de 171,9 milhões de reais, ante 163,9 milhões um ano antes, refletindo maiores custos financeiros devido à compra da Avon, anunciada em maio, numa operação em ações avaliada em cerca de 2 bilhões de dólares.

Mais cedo, a Natura informou que a compra da Avon foi aprovada por acionistas de ambas as empresas.

No relatório de resultados, o presidente do conselho de administração da Natura, Roberto Marques, atribuiu a queda no lucro e no Ebitda a "um aumento planejado e faseado de curto prazo nos investimentos da Natura em sua marca e em operações digitais, que viabilizará o seu crescimento futuro, e custos não recorrentes associados à aquisição da Avon".

De todo modo, a alavancagem da Natura medida pela relação dívida líquida/Ebitda, ficou em 2,98 vezes no fim do trimestre, comparado a 3,27 vezes no fim de setembro de 2018.

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