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Lucro da Monsanto cai, mas ações sobem por perspectivas

Ações da maior companhia de sementes do mundo saltaram mais de 5%, com a companhia elevando o piso da sua meta para o ano fiscal

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2014 às 14h37.

São Paulo - A norte-americana Monsanto informou queda de 6 por cento lucro trimestral nesta quarta - feira, mas as ações da maior companhia de sementes do mundo saltaram mais de 5 por cento, com a companhia elevando o piso da sua meta para o ano fiscal e a perspectiva dobrar os ganhos nos próximos cinco anos.

A companhia também anunciou a autorização para a recompra de 10 bilhões de ações.

A Monsanto, conhecida por desenvolver sementes geneticamente modificadas de milho, soja e outras culturas, bem como por seu popular herbicida Roundup, disse que apesar de os ganhos do trimestre encerrado em 31 de maio terem diminuído por conta de condições desafiadoras do mercado, o cenário de modo geral é favorável.

O presidente do Conselho Hugh Grant disse que a meta da companhia para o ano fiscal 2019 é pelo menos dobrar o lucro anual excluindo alguns itens extraordinários. A Monsanto teve lucro de 858 milhões de dólares, ou 1,62 dólar por ação no terceiro trimestre fiscal, queda ante 909 milhões de dólares, ou 1,68 por ação, de um ano atrás.

Analistas esperavam em média 1,56 dólar por ação, de acordo com pesquisa Thomson Reuters I/B/E/S.

A companhia elevou o piso de suas estimativas de lucro para o ano fiscal para 5,10 dólares por ação, ante 5 dólares previamente, mas manteve o teto em 5,20 dólares.

A divisão de tratamento de sementes de milho, atualmente a maior fonte de receita da companhia, permanecerá como o principal motor de crescimento ao menos até 2019, estimou a empresa.

O milho contribuiu com 1,3 bilhão de dólares neste trimestre do total de 4,25 bilhões de dólares das vendas líquidas.

A Monsanto disse que suas áreas mais importantes de progresso estão na nova divisão de dados agrícolas, Climate Corp.

A companhia assinou acordo de colaboração com uma gama de parceiros no varejo, e conta com mais de 40 milhões de acres monitorados usando seu instrumento básico de dados agrícolas e mais de 1 milhão de acres usando seu serviço premium.

A companhia disse que vê a futura expansão nos instrumentos de agricultura de precisão no Brasil e Argentina nos próximos cinco anos. A penetração de mercado até o momento é bem maior que o antecipado, e a companhia disse que vê a agricultura de precisão como uma oportunidade multibilionária, disse o presidente Brett Begemann. "Este é só o começo", disse ele.

A companhia disse que sua prioridade é buscar oportunidades de crescimento externo, incluindo investimentos em tecnologia e potenciais fusões e aquisições. Grant disse que a companhia está adotando uma "abordagem corajosa" e poderá usar sua estrutura de capital mais agressivamente.

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