Fiat: para 2013, a empresa menciona que continua "atenta à conjuntura econômica internacional", (Chris Weeks/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 3 de abril de 2013 às 13h20.
Sao Paulo - A receita cresceu, mas o lucro da Fiat Automóveis S.A. Caiu em 2012, na comparação com o ano anterior, por conta de uma maior competição nacional e da pressão inflacionária nos custos. A informação consta no balanço da empresa, divulgado nesta quarta-feira (3).
Em 2012, a Fiat contabilizou receita operacional líquida de R$ 23,196 bilhões, alta de 8% ante o resultado de 2011, de R$ 21,496 bilhões. O lucro apurado, contudo, caiu 21% sobre 2011, de R$ 2,051 bilhões para R$ 1,618 bilhão.
"A redução do lucro antes dos impostos é consequência do aumento da competição no mercado doméstico e pressão inflacionária sobre a estrutura de custos da empresa", diz o relatório.
Apesar de citar a inflação como um dos entraves para o crescimento do lucro em 2012, o relatório da administração da empresa reitera confiança no potencial crescimento do País neste ano, "estimulado principalmente pelo vigor do mercado interno e pela reiterada prioridade política econômica de sustentar o crescimento da economia, com controle da inflação".
O mercado automobilístico em 2012, sustenta a nota, apresentou desempenho superior à média da economia, o que decorre do processo de mobilidade social e inserção de camadas da população no mercado consumidor nos últimos anos.
Além disso, a empresa destaca a expansão do emprego formal, da massa salarial e da oferta de crédito e a queda nos juros, juntamente com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), como fatores que estimularam o fortalecimento do mercado de consumo no País.
Em 2012, a Fiat superou sua marca de vendas no Brasil, registrando seu melhor desempenho nos 36 anos de presença no País. Foram emplacados 838.218 automóveis e comerciais leves da marca no ano passado, crescimento de 11,1% sobre o ano anterior. Pelo 11º a empresa liderou o mercado brasileiro, alcançando 23,1% de participação.
Para 2013, a empresa menciona que continua "atenta à conjuntura econômica internacional", mas que as perspectivas de crescimento da economia brasileira "são promissoras, com destaque para o mercado de consumo de bens duráveis, retomada do investimento privado e recorde da safra agrícola".