Fábrica da CSN em Volta Redonda: a siderúrgica estimou que o negócio com Glencore reduzirá a relação dívida líquida/EBITDA Pro Forma para 4,1 vezes. (Ricardo Azoury/Pulsar Imagens/Reprodução)
Reuters
Publicado em 21 de fevereiro de 2019 às 06h52.
Última atualização em 21 de fevereiro de 2019 às 06h53.
São Paulo - O lucro da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) deu um salto no quarto trimestre, beneficiado por uma combinação de créditos fiscais extraordinários, aumento dos preços do aço e efeito cambial. A empresa também anunciou um acordo de fornecimento de minério de ferro para a Glencore, num contrato de 500 milhões de dólares.
A CSN anunciou nesta quarta-feira que seu lucro líquido de outubro a dezembro somou 1,77 bilhão de reais, 370 por cento maior do que o obtido em igual etapa de 2017.
O desempenho operacional da companhia medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado somou 1,56 bilhão de reais, um aumento de 30 por cento sobre um ano antes. A margem Ebitda ajustada atingiu 24,7 por cento, alta de 1,7 ponto percentual ano a ano, mas queda de 0,5 ponto na base sequencial.
A receita líquida do trimestre somou 6,05 bilhões de reais, aumento de 21 por cento contra um ano antes, movimento atribuído pela CSN aos maiores preços e volumes de minério de ferro e aço.
Noutra frente, a empresa teve um resultado financeiro positivo de 510 milhões de reais, após ter sido negativo em 860 milhões de reais. A diferença refletiu tanto à desvalorização do dólar contra o real, que gerou variação cambial de 215 milhões de reais, além da receita financeira oriunda de atualização monetária do reconhecimento da não inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS/Cofins.
No fim de 2018, a CSN tinha dívida líquida de 26,6 bilhões de reais, o que equivalia a 4,55 vezes o Ebitda, índice inferior às 5,82 vezes de um ano antes.
A CSN também anunciou que sua subsidiária CSN Mineração concluiu contrato de 5 anos com a suíça Glencore para fornecer 22 milhões de toneladas de minério de ferro, num acordo avaliado em 500 milhões de dólares.
A CSN estimou que o negócio reduzirá a relação dívida líquida/EBITDA Pro Forma para 4,1 vezes.
(Por Aluísio Alves)