CPFL busca alternativas para geração de energia renovável (Alexandre Battibugli)
Da Redação
Publicado em 10 de agosto de 2011 às 21h36.
São Paulo - O lucro líquido da CPFL Energia recuou quase 20 por cento no segundo trimestre, abaixo da estimativa média do mercado.
Entre abril e junho deste ano, a geradora, distribuidora e comercializadora de energia elétrica teve lucro de 294 milhões de reais, queda de 18,3 por cento na comparação anual.
A previsão média dos analistas consultados pela Reuters era de um lucro líquido de 476,8 milhões de reais.
Segundo a companhia, considerando-se os ativos e passivos regulatórios e expurgando os efeitos não-recorrentes, o lucro líquido seria de 335 milhões de reais, praticamente estável em relação ao lucro líquido do mesmo período de 2010.
O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) total da CPFL Energia foi de 815 milhões de reais nos três meses finalizados em junho, crescimento de 2,9 por cento na comparação anual.
Se considerados os ativos e passivos regulatórios e excluindo-se os efeitos não-recorrentes, o Ebitda seria de 877 milhões de reais.
Já a receita operacional líquida da empresa subiu 6,2 por cento de abril a junho, na comparação com o mesmo período do ano passado, para 3,045 bilhões de reais.
Segundo a CPFL, o aumento na receita ocorreu devido aos reajustes tarifários das distribuidoras do grupo e ao aumento de 23,5 por cento na tarifa de distribuição (TUSD) dos clientes livres.
A receita ainda foi beneficiada em 66 milhões de reais relacionados à entrada em operação da usina hidrelétrica Foz do Chapecó em outubro de 2010, pela entrada em operação da CPFL Bioenergia e do início das operações da subsidiária Epasa.
Além disso, os custos e despesas operacionais atingiram 884 milhões entre abril e junho, aumento de 23,8 por cento ou 170 milhões de reais.
Consumo industrial desacelera
No segundo trimestre, o consumo de energia do mercado industrial cativo da CPFL caiu 10,7 por cento para 2.627 gigawatts-hora (GWh). A companhia atribuiu o recuo à migração de clientes para o mercado livre de comercialização de energia.
O consumo desses clientes livres na área de concessão da empresa subiu 13,2 por cento, para 3.724 GWh.
A queda do consumo da classe industrial cativa foi, em parte, compensada pelo aumento de 2,2 por cento na classe residencial e de 3,6 por cento da classe comercial no segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2010.
Estas classes também tiveram forte aumento no consumo contabilizado no primeiro semestre. A demanda dos clientes residenciais nesse período subiu 3,8 por cento para 6.716 GWh e o consumo do setor comercial aumentou 4,6 por cento, para 4.034 GWh.