A Cosan é a maior produtora de açúcar e etanol do país e forma com a Shell a joint-venture Raízen, que concentra os ativos de produção de etanol, açúcar e eletricidade (Divulgação/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de novembro de 2011 às 06h51.
São Paulo - A Cosan, maior grupo de açúcar e etanol do Brasil, divulgou nesta quinta-feira forte queda no lucro líquido do trimestre passado, pressionada por desvalorização do real ante o dólar.
A companhia teve lucro líquido de 63,2 milhões de reais no segundo trimestre fiscal, encerrado em setembro, contra resultado positivo um ano antes de 251,1 milhões de reais. O período fiscal da companhia segue o processamento da safra de cana de açúcar no Brasil.
A empresa informou que uma desvalorização do real de cerca de 19 por cento no último trimestre fiscal foi a principal razão da reversão no resultado financeiro, que passou de receitas de 86,4 milhões de reais um ano antes para despesas de 393,6 milhões de reais.
A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) no período somou 659,2 milhões de reais, queda ante os 678,8 milhões de reais há um ano. A margem, enquanto isso, caiu de 14,4 para 9,7 por cento.
A Cosan é a maior produtora de açúcar e etanol do país e forma com a Shell a joint-venture Raízen, que concentra os ativos de produção de etanol, açúcar e eletricidade (por meio da queima de bagaço de cana). A Raízen também controla cerca de 4.500 postos de venda de combustíveis.
A receita líquida do grupo somou 6,8 bilhões de reais no trimestre, ante 4,71 bilhões de reais na comparação anual.
A Cosan manteve perspectiva de faturamento para o atual ano fiscal, que se encerra em 31 de março de 2012, em entre 25 bilhões e 27,5 bilhões de reais. A estimativa de Ebitda também foi mantida, de 1,8 bilhão a 2,2 bilhões de reais.