Cielo: o custo dos serviços prestados da Cielo foi de 1,51 bilhão de reais, redução de 3,6% ano a ano (Divulgação/Cielo)
Reuters
Publicado em 30 de janeiro de 2017 às 20h59.
Última atualização em 30 de janeiro de 2017 às 21h24.
São Paulo - A Cielo viu seu lucro crescer 18 por cento no quarto trimestre, mesmo com a desaceleração no seu principal negócio de cartões, uma vez que impôs controle sobre os custos e obteve melhor resultado financeiro no período.
A maior empresa de meios eletrônicos de pagamentos do país afirmou nesta segunda-feira que seu lucro líquido do período somou 1,064 bilhão de reais, alta de 18,3 por cento ante mesma etapa de 2015.
A receita líquida da companhia somou 3,1 bilhões de reais no trimestre, aumento de apenas 2,1 por cento, refletindo em parte a queda de receitas de controladas no exterior, em função da desvalorização do dólar frente ao real.
Por outro lado, o custo dos serviços prestados da Cielo foi de 1,51 bilhão de reais, redução de 3,6 por cento ano a ano.
A companhia informou que o número de pontos de venda ativos, que incluem as chamadas maquininhas de pagamentos, somou 1,6 milhão no fim de 2016, redução de 8,4 por cento, em meio aos esforços da Cielo de desativar pontos com menor rentabilidade.
"O volume financeiro capturado pela Cielo desacelerou em relação ao ano e ao trimestre anterior, refletindo o cenário macroeconômico mais desafiador", afirmou a companhia.
As despesas operacionais da companhia totalizaram 450,8 milhões de reais, crescimento de 7,7 por cento ano a ano, e de 8,2 por cento sobre o trimestre imediatamente anterior, movimento que incluiu aumento de perdas com calotes esperados.
Em outra frente, o resultado financeiro foi de 387,6 milhões de reais, alta de 30,3 por cento ante mesma etapa de 2015, em função de maiores rendimentos com aplicações e menos gastos com serviço da dívida.
O resultado da companhia medido pelo lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda, na sigla em inglês), somou 1,396 bilhão de reais de outubro a dezembro, aumento de 5 por cento na comparação ano a ano.
A margem Ebitda subiu 1,2 ponto percentual, para 44,7 por cento.